São apenas seis meses no comando do Flamengo, mas suficientes para Jorge Jesus colecionar títulos e recordes. Porém, a última impressão apontou que é possível ser ainda melhor para 2020. Após a derrota para o Liverpool no Mundial de Clubes, a avaliação interna mostrou a necessidade de alguns ajustes. A falta deles cobrou o seu preço na final contra a equipe da Inglaterra.
A começar pelo desgaste físico do elenco, fator citado pelo próprio técnico português. A avaliação foi que os 74 jogos oficiais disputados acabaram sendo determinantes para que os atletas não chegassem inteiros em Doha, no Qatar. Houve a necessidade de substituir os meias Arrascaeta e Éverton Ribeiro no confronto decisivo com os ingleses.
A solução inicial é a utilização de uma equipe alternativa no Estadual, o que reduziria até 18 datas no calendário. Seria como repetir o que o Athletico já faz no Campeonato Parananense, onde evolui os jovens e permite que os titulares se mantenham bem até os estágios finais do ano.
Outro ponto é a rodagem do elenco. E isso passa pelos reforços que estão a caminho. A análise geral é que o Flamengo tem uma excelente equipe titular, mas existe queda brusca de qualidade em determinadas posições quando os reservas atuam, o que impede trocas maiores no elenco ? a lateral direita é o caso de maior diferença.
Não foi à toa que Jorge Jesus utilizou os titulares no Campeonato Brasileiro, mesmo quando a competição já parecia resolvido a favor do Flamengo. Com as chegadas do atacante Pedro Rocha e do zagueiro Gustavo Henrique, a tendência é que essa diferença diminua.
Outra questão envolve Jorge Jesus, que terá a possibilidade de realizar uma pré-temporada completa para avaliar dispensas, reforços e outras atribuições aos atletas. Em 2019, teve apenas a pausa durante a disputa da Copa América.
No início da próxima temporada, a tendência é que este período de treinamentos seja em Portugal.
Fonte: O Globo