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As decepções de 2019 na opinião da Equipe The Enemy



Do início ao fim, o ano de 2019 foi cheio de ótimos títulos. Os melhores do ano e principalmente as surpresas, por sinal, já foram bastante exaltados por aqui.

Porém, chegou a hora de falar das decepções, daqueles games que não atenderam às expectativas, que não emocionaram e/ou não entregaram uma experiência satisfatória de forma geral.

Abaixo, você confere os jogos que mais decepcionaram a equipe do The Enemy e, claro, os motivos por trás das escolhas.

Angelo Sarmiento: FIFA 20

Mais um ano o FIFA decepciona, porém desta vez com um amargo maior. O tão prometido Modo VOLTA, que trouxe a alma do (jamais esquecido) FIFA Street, não entregou nem metade da diversão.

Com uma mecânica nada inovadora, o game conseguiu estragar não só a única novidade relevante, como também os modos já muito conhecidos na franquia – Modo Carreira e Ultimate Team tiveram diversos problemas e, desde seu lançamento em setembro, não tivemos soluções.

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Breno Deolindo: The Division 2

Prometendo uma infinidade de missões e um mundo aberto vivo, The Division 2 se esquece de que precisa, antes de tudo, ser um jogo interessante. Missões extremamente repetitivas são a tônica do game da Ubisoft, que, mesmo sendo um dos títulos com mais conteúdo no ano, falha em criar qualquer diversidade no tipo de gameplay apresentado.

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Bruno Silva: Death Stranding

Não é de hoje que Hideo Kojima causa impacto e polêmica em seus jogos, mas poucos poderiam imaginar uma recepção tão polarizada a mais nova obra do diretor japonês.

Eu acabei ficando no espectro dos que não gostaram e, embora consiga ver as mensagens que Kojima queria passar sobre as conexões perdidas na sociedade e aprecia o tema proposto pelo título de PlayStation 4, me decepcionou muito ver tamanho nível de produção e tantas ideias boas se perderem em um jogo de ritmo absolutamente tedioso e roteiro cuja condução beira o risível, com incontáveis repetições de eventos e bordões.

E como quem admira a obra de Kojima, a decepção ficou ainda mais profunda.

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Claudio Prandoni: Team Sonic Racing

Depois do excelente Sonic & All-Stars Racing Transformed eu aprendi a esperar muita qualidade e inovação da produtora Sumo Digital. A qualidade veio, mas faltou inovação na mesma dose.

Team Sonic Racing aposta em uma mecânica de duplas que nunca se aprofunda muito e deixa bastante a desejar, resultando em muita repetição e poucas surpresas.

O game até se esforça com gráficos muito bonitos e opções de customização para os veículos, mas nunca deslancha.

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Jessica Pinheiro: Shenmue 3

O aguardado terceiro capítulo de Shenmue enfim, foi lançado. É um milagre este jogo existir, sim, mas isso não o resguarda de seus defeitos – os quais, infelizmente, pesam mais do que os pontos positivos.

A começar pelos gráficos e pelas animações que passam a sensação de que o jogo saiu diretamente de 2003: não existe preocupação em aproximar os visuais dos padrões da atualidade. A trilha sonora está condizente com os dois primeiros jogos, trazendo músicas monótonas que refletem bem a ambientação do game. A narrativa continua arrastada, o que é um problema, já que este é o terceiro capítulo da saga – e que quero dizer é que o ritmo, especialmente no trajeto inicial do game, pode afastar (e com razão) jogadores de primeira viagem, já que ele mantém a estrutura de investigação e, às vezes, de treinamento de artes marciais, exatamente como em Shenmue I & II…

O argumento de que Yu Suzuki quis entregar uma experiência digna dos dois primeiros jogos, lançando um game essencialmente voltado para os fãs da saga de Ryo Hazuki é um tanto decepcionante já que, ao optar por isso, ele obviamente exclui elementos e ignora aprimoramentos que poderiam chamar a atenção de novos entusiastas. E o que mais entristece é que hoje temos Yakuza, que foi claramente inspirado em Shenmue, e já superou seu antepassado em todos os aspectos.

Para mim, Shenmue 3 é a decepção de 2019.

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PH Lutti Lippe: Rage 2

A combinação entre os tiroteios de Doom com o mundo aberto de Mad Max proposta por Rage 2 tinha tudo para elevar os pontos positivos de ambos à enésima potência. Em vez disso, o jogo mais lembra um monstro de Frankenstein, que conecta as duas inspirações de maneira atrapalhada e disforme.

As cenas de ação parecem desconfortáveis em meio a um mundo aberto daquele tamanho, enquanto o próprio mundo aberto parece desesperado para manter você focado na exploração e longe do próximo tiroteio.

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Rafael Romer: Anthem

Depois flop que foi Mass Effect: Andromeda, fãs da BioWare tinham altas expectativas para a nova IP do estúdio, conhecido por seus RPGs recheados de histórias marcantes e personagens carismáticos.

Desnecessário dizer, Anthem foi o exato oposto disso. Repetitivo, sem conteúdo e com uma história completamente esquecível, o looter shooter não caiu nas graças da comunidade e foi rapidamente deixado de lado em meio aos vários títulos multiplayer que disputam pela atenção de jogadores. Há rumores de que o game está sendo preparado para um reboot. Eu, no entanto, só queria mesmo era esquecer dessa tragédia.

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Victor Ferreira: Anthem

Para se ter uma noção do nível de decepção que tive com Anthem, eu nem lembrava que este jogo tinha saído em 2019 até ter que ser lembrado por Rafael Romer de que eu, de fato, joguei um game novo da Bioware neste ano.

Sendo um fã de títulos passados do estúdio, particularmente KOTOR e Mass Effect, a ideia de um jogo ao estilo de Destiny desenvolvido pela Bioware não era exatamente o que eu buscava – já que até a própria Bungie demorou muito tempo para refinar este tipo de experiência -, mas estava disposto a dar uma chance ao projeto.

O pior é que é possível ver um potencial dentro da bagunça de elementos que é Anthem, mas a experiência final foi tão fraca que nem tive interesse de chegar ao fim da campanha, quanto mais chegar ao endgame.

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Fonte: The Enemy


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