Se o valor dado pelos europeus ao Mundial é questionado, e a escalação inicial do Liverpool é um argumento a mais para essa tese, um brasileiro sabe muito bem o quanto pesa a competição. Para ser letal contra o Monterrey, Roberto Firmino resolveu e precisou de cinco anos em campo para isso. Foi dele o gol da vitória por 2 a 1 que classificou o time inglês, aos 45 minutos do segundo tempo, para a final contra o Flamengo.

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Portanto, está confirmada reedição da final de 1981, sábado, no estádio Khalifa, em Doha, no Qatar. A bola rola às 14h30 (de Brasília). A delegação do Flamengo viu de perto o esforço do Liverpool, já que estava na arquibancada da arena qatari.

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Em um Liverpool que começou sem os principais astros, outro brasileiro foi fundamental para manter o favorito time inglês vivo até o fim: Alisson. O melhor goleiro do mundo foi bastante exigido, principalmente no primeiro tempo, e fez defesas complicadas, freando um corajoso Monterrey.

– O jogador europeu talvez não tenha a mesma mentalidade que o sul-americano para essa competição. Já tínhamos visto o bom trabalho do Monterrey. Eles tiveram chance de vencer, mais chances perigosas. Tivemos muitas dificuldades. Virgil (Van Dijk) estava doente. Henderson precisou jogar na defesa. Estamos muito felizes de chegar a essa final, que era nosso objetivo – disse o goleiro Alisson.

O Liverpool deu a falsa impressão de que seria um jogo fácil, já que abriu o placar com Keita logo aos 11 minutos – o passe de Salah foi espetacular. Mas Funes Mori empatou três minutos depois. Detalhe é que o irmão dele é zagueiro do Everton, rival do Liverpool.

No segundo tempo, diante da ineficiência criativa do Liverpool, Jürgen Klopp viu que precisava dos seus craques. Colocou Mané, Alexander-Arnold e, já aos 40 minutos, recorreu a Firmino.

Quando a prorrogação já parecia realidade, o atacante brasileiro aproveitou cruzamento rasteiro, deu um toque sutil e colocou o Liverpool na final do Mundial.