Há um momento no Brasileirão em que os clubes que lutam para não cair tratam as rodadas restantes como missões. Tem jogo que dá para vencer, o que empate é lucro e o que é obrigatório ter um resultado positivo ? caso deste sábado, no Maracanã. Mas nem isso o Fluminense conseguiu. O empate em 1 a 1 com o Atlético-MG teve gosto amargo; ao menos, a equipe dormirá fora da zona de rebaixamento.

Tudo bem que os comandados de Marcão estão longe de serem brilhantes, e também não foram nesta 33ª rodada, mas fazer o feijão com arroz parecia suficiente para vencer. E isso significava só errar menos que o rival.

Como quando a frágil defesa atleticana não tardou para mostrar porque têm números péssimos no quesito gols sofridos (44) neste Brasileiro. Nem Ganso daria um passe tão açucarado quanto Réver, que deixou Yony González livre após uma pixotada grotesca. Após cruzamento, Patric completou contra a própria meta para finalizar o show de horrores mineiro.

O cenário tradicional de muita posse de bola e pouca efetividade se manteve, mas a equipe sofreu menos que o de costume. Tanto que o goleiro Marcos Felipe, que substituiu Muriel, pouco foi testado. Porém, um apagão no fim atrapalhou os planos.

A desatenção geral da defesa permitiu que Di Santo recebesse livre e soltasse a bomba para empatar. Banho de água fria nos mais de 24 mil torcedores, que vaiaram após o apito final. Resta torcer por uma derrota do Cruzeiro hoje, contra o Avaí, para não voltar à zona da degola.

Marcado por Igor Rabello, Marcos Paulo chuta no empate entre Fluminense e Atlético-MG Foto: Lucas Mercon/Fluminense
Marcado por Igor Rabello, Marcos Paulo chuta no empate entre Fluminense e Atlético-MG Foto: Lucas Mercon/Fluminense