Os problemas continuam na seleção brasileira . Tite não consegue a chamada reinvenção após a Copa América, e o time chegou à quinta partida seguida sem vencer desde a conquista do troféu em solo brasileiro. A frustração da vez é a derrota por 1 a 0 para a Argentina , gol de Messi , em amistoso disputado nesta sexta-feira, em Riad, Arábia Saudita.
O Brasil acumula empates com Colômbia, Senegal e Nigéria, além de ter sido batido pelo Peru. A chance de interromper essa sequência negativa ainda em 2019 será na próxima terça-feira, contra a Coreia do Sul, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, às 10h30 (de Brasília).
Mais do que a falta de resultados, incomoda a ausência de repertório da seleção brasileira. Para piorar, a chance clara que o Brasil teve não foi aproveitada: Gabriel Jesus perdeu, aos oito minutos, um pênalti que ele mesmo sofreu. Foi a terceira cobrança desperdiçada pelo atacante do Manchester City nas últimas quatro tentativas – a anterior fora na semana passada, diante da Atalanta, pela Liga dos Campeões.
A resposta da Argentina veio rapidamente. Sete minutos depois, Messi foi derrubado por Alex Sandro na área. Alisson defendeu a cobrança, mas o camisa 10 aproveitou o rebote e deu tranquilidade para os hermanos no decorrer da partida. Por parte de Alex Sandro, foi o segundo pênalti do lateral-esquerdo nesse período de cinco amistosos – ele também cometeu no empate contra a Colômbia.
Os pecados da seleção de Tite foram além dos pênaltis perdidos e sofridos. É sintomático o fato de o goleiro Alisson ter sido o melhor em campo pelo Brasil.
O técnico começou o jogo com uma formação 4-1-4-1, com Paquetá mais centralizado e Willian aberto na esquerda. Com a falta de repertório ofensivo, Tite mudou o posicionamento – Paquetá foi aberto para a direita, Gabriel Jesus virou centroavante e Firmino recuou um pouco mais. Mas as chances claras de gol continuaram concentradas em Messi.
As mexidas de Tite no segundo tempo também foram muito questionáveis. A impressão inicial é que o treinador tenta resultados diferentes com as mesmas propostas que não dão retorno há algum tempo.
Sacar Paquetá no intervalo e voltar com Coutinho é mais do mesmo. Também é difícil compreender como a merecida entrada de Fabinho não se dá no lugar de Casemiro – ainda mais por ele já estar amarelado – e, sim, substituindo Arthur.
Com a Argentina confortável, Tite apelou de vez para os novatos numa tentativa quase desesperara de ver o time mudar de cara. Renan Lodi, Rodrygo, Richarlison e até Wesley Moraes foram acionados. Mas a segurança de jogo dos hermanos – muito mais organizados – prevaleceu.
Fonte: O Globo