Durante a abertura da BlizzCon 2019, o CEO da Blizzard Entertainment, J. Allen Brack, pediu desculpas ao público sobre a controvérsia envolvendo a suspensão do jogador Chung “Blitzchung” Ng Wai, que apoiou publicamente os protestos de Hong Kong durante o torneio Hearthstone Grandmasters.
Inicialmente, Blitzchung foi banido por um ano, mas teve a punição reduzida para 6 meses. Porém, de acordo com Brack em entrevista com o site PC Gamer, o jogador e os casters envolvidos continuarão suspensos.
Ao ser perguntado porque, Brack respondeu:
“Então, uma das coisas que falamos sobre o compromisso com a expressão de todas as formas e todos os lugares, é o fato de que acreditamos muito na liberdade de expressão.”
“Temos um longo histórico de isso fazer parte da cultura da companhia para seus funcionários”, continuou. “E por isso empregados estão livres para postar em redes sociais. Se pensar sobre as pessoas que temos como atletas, nossos Grandmasters, ou qualquer um que estiver participando, eles são livres para dizer e fazer o que quiserem em seus canais sociais.”
“Queremos que os canais oficiais, que são uma pequena porcentagem do conteúdo total criado, seja sobre os jogos”, declarou. “Novamente, isso não é sobre o conteúdo da mensagem de Blitzchung. É sobre o fato de não ter sido sobre os games. Se não tivessemos tomado ação, se não tivessemos feito alguma coisa, você pode imaginar o que aconteceria no futuro sobre fazer entrevistas [com jogadores].”
“Elas iriam se tornar momentos para que pessoas fizessem declarações sobre o que quer que elas quisessem, sobre qualquer assunto. Esse é simplesmente um caminho que não queremos seguir. Queremos que o conteúdo destas transmissões oficiais seja focada nos games, e manter este foco.”
Brack também voltou a reforçar o argumento de que não foi o apoio aos protestos que levou à suspensão.
“O conteúdo não foi o problema. Foi o fato de que não era sobre o jogo em questão, era algo muito especificamente diferente”, disse. “Acho, e não quer especular sobre ele ter dito isso ou aquilo, e o que teria acontecido ? acho que é algo difícil de se pensar, mas não é sobre o conteúdo de sua mensagem. Há muitas pessoas que apoiam ele e sua mensagem.”
Outro ponto levantado pela entrevista foi o banimento dos casters da transmissão, que não fizeram qualquer tipo de declaração durante o pronunciamento de Blitzchung.
“O que levamos em conta é que eles são contratados pela Blizzard para fazer um serviço, e neste caso o serviço é manter a transmissão focada em no que precisa de foco, que são os jogos, os vencedores, e as histórias que saem dali. Eles não fizeram isso com sucesso. Foi assim que chegamos uma decisão sobre isso.”
O CEO também afirmou que a punição não teve influência do governo chinês ou a relação da companhia com o país, e também citou o caso da mensagem crítica a Blitzchung na conta da Blizzard na rede social Weibo, que prometia proteger a “dignidade nacional”.
“A Blizzard não é permitida legalmente a operar ou distribuir games na China. Você precisa de um parceiro. Essa é a regulação, essa é a lei. A NetEase é nossa parceria. A NetEase não é uma agência governamental, a NetEase é uma companhia. Eles são uma publisher.”
“A NetEase estava envolvida na conversa sobre o assunto? Estavam, certamente. Assim como a equipe de Taiwan [da Blizzard], assim como a equipe de liderança de Hearthstone, assim como a equipe de esports. Todas estas várias constituições se uniram e uma das coisas que já dissemos é que agimos muito rapidamente. E certamente o fracasso desta esta história é estes grupos se unindo e decidindo em um tempo muito curto qual era a ação correta a ser tomada.”
Blitzchung, mesmo suspenso, encontrou novo apoio e agora faz parte da organização Tempo Storm. Após o fim da suspensão, ele pretende voltar ao circuito profissional de Hearthstone.
- Lançamento
11.03.2014
- Publicadora
Blizzard
- Desenvolvedora
Blizzard
- Gênero
None
Fonte: The Enemy