Yony González recebe na área, dribla dois e bate cruzado. No rebote do goleiro, tenta de novo e acerta a trave. A bola segue até Nenê que, com gol vazio, não consegue completar às redes. Esse foi apenas o primeiro lance da partida, mas resume um Fluminense que foi vítima da sua dificuldade de transformar superioridade em gols ontem, no Maracanã. O resultado: mais dois pontos deixados pelo caminho no empate amargo em 1 a 1 com a Chapecoense .

Não dá para dizer que os comandados de Marcão jogaram mal. Pelo contrário. A opção por deixar Ganso no banco trouxe melhorias no desempenho da equipe. Tudo bem que a Chapecoense não tem sido um grande adversário neste Brasileiro, mas foi possível ver uma equipe mais vertical e aguda. O problema foi a falta de pontaria.

Além do já citado gol perdido por Nenê, o tricolor empilhou chances desperdiçadas. Marcos Paulo parou no goleiro, João Pedro cabeceou rente à trave, até o reserva Lucão teve a sua oportunidade. Foram 26 finalizações que transformaram uma vitória necessária em um verdadeiro drama, principalmente após a Chapecoense mostrar que não veio ao Rio a passeio.

Quando Bruno Pacheco cruzou para Everaldo cabecear sem chances para Muriel, o clima mudou no Maracanã. O apoio dos mais de 18 mil presentes deu lugar às vaias, consequência da incômoda posição na tabela. Como Ganso só entrou no final do segundo tempo, o principal alvo da ira da torcida foi Gilberto.

O placar só não foi pior pois um lance de genialidade e entrosamento do trio Daniel, Yony González e Marcos Paulo, o autor do gol de empate, impediu que o tricolor saísse de campo derrotado. Mas empatar dentro de casa não é suficiente para quem luta contra o rebaixamento.

Antes mesmo do apito final, Marcão foi chamado de burro pelas substituições. Após o árbitro terminar a partida, gritos de “time sem vergonha? foram ouvidos.