Por serem dois times que bebem da mesma fonte em termos de proposta de jogo, Fluminense e Athletico fizeram um confronto interessante. Mas para o tricolor, a essa altura do Brasileirão , interessava mais um bom resultado do que gerar entretenimento. E ele não veio. No Maracanã, o time deixou escapar pontos preciosos na batalha contra o rebaixamento ao perder de virada por 2 a 1.

O lateral-direito Madson foi o melhor do jogo. Foram dele os dois gols do time paranaense, que não se abateu após Frazan abrir o placar logo aos três minutos.

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A derrota foi uma espécie de quebra de encanto para o técnico Marcão, já que o Fluminense ainda não tinha perdido desde a efetivação e a retomada de um estilo de jogo mais parecido ao praticado nos tempos de Fernando Diniz. Até esta quinta-feira, eram três vitórias e um empate.

O tropeço em casa deixa o Fluminense a três pontos da zona de rebaixamento. Se havia alguma sensação de tranquilidade por causa da curva ascendente no Brasileirão, ela dá lugar à preocupação que permeia a maior parte da campanha tricolor. Sobretudo porque o próximo jogo, domingo, é o clássico contra o líder Flamengo.

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? Sabíamos que seria difícil. Fizemos uma grande primeira parte e não soubemos matar o jogo. Houve uma desatenção. O clássico é outra pedreira. Temos que reagir rápido ? disse o lateral-esquerdo Caio Henrique, que terminou o jogo no meio-campo.

O começo da partida contra o Athletico deu a sensação de que seria uma noite saborosa para o Fluminense. Afinal, quem abriu o placar, logo aos três minutos de jogo, foi o zagueiro Frazan, que nunca tinha feito gol como profissional.

Com o luxo de poder tirar o pé do acelerador no Brasileirão, já que foi campeão da Copa do Brasil e já tem vaga na Libertadores-2020, o Athletico entrou muito sonolento. Mas bastou o gol sofrido e a bronca do técnico Tiago Nunes à beira do campo para a modalidade “furacão? ser acionada.

VAR ativo

Com a intensidade de ambos os lados, o jogo virou uma trocação de ataques. Chances criadas de lado a lado e gols que não foram validados por causa da atuação precisa do VAR.

Primeiro, o Athletico marcou com Rony, mas a jogada foi invalidada porque Márcio Azevedo estava impedido no início do lance. No outro lado, o Flu chegou a comemorar o gol do João Pedro, mas novamente houve anulação porque o jogador estava adiantado.

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As jogadas foram tão ajustadas que em ambas o VAR se valeu da tecnologia que traça linhas no campo para apontar, de fato, se há impedimento ou não.

Quem não conseguiu formar a linha de forma adequada foi o atacante Yony González. Era dele a missão de acompanhar o avanço do lateral-direito Madson. O athleticano passou como uma flecha e empatou.

A igualdade no primeiro tempo representou bem o cenário em campo, diante da fluidez ofensiva de ambos os lados. Só que o cenário ficou mais truncado na etapa final. Para o Fluminense, a mexida de Marcão não deu certo e pareceu prejudicar a engrenagem pelo lado esquerdo. Daniel e Nenê saíram, entrando Orinho e Wellington Nem.

O Athletico, por outro lado, buscava acelerar as jogadas com Rony e Marcelo Cirino. No entanto, a lógica de criação da virada foi diferente, com Madson aproveitando um cochilo defensivo: de cabeça, ele ganhou justamente de Orinho.

A virada desencadeou os protestos da torcida. As vaias tiveram Ganso e João Pedro como alvos principais. Por mais que o Fluminense tenha ficado mais com a bola nos minutos finais, as iniciativas foram em vão.