Jogaremos juntos. A frase escrita no mosaico levantado pela torcida do Flamengo ditava o que viria a seguir. Com o Maracanã pulsando como há tempos não se via, os mais de 60 mil torcedores empurraram o rubro-negro à sua maior virada na história da Libertadores. Após o 2 a 0 contra o Emelec no tempo regulamentar, com dois gols de Gabriel, os pênaltis garantiram a passagem da equipe carioca às quartas de final.
E por falar em Gabriel, o conhecido apelido foi honrado quando o Flamengo mais precisava dos seus gols. De pênalti discutível e de bate-pronto, o camisa 9 precisou de apenas 18 minutos para reduzir a pó a vantagem equatoriana e mostrar por que é o artilheiro do clube nesta temporada.
Mas quem esperava uma classificação tranquila após um início avassalador viu um valente Emelec igualar as ações com mais transpiração que inspiração. Mesmo diante de um Flamengo superior em nível técnico, o Emelec soube suportar a pressão e se reencontrar no segundo tempo.
Com o passar dos minutos, tudo virou drama. Gabigol sentiu lesão e foi substituído por Reinier e a proximidade dos pênaltis fez o fantasma da eliminação para o Athletico-PR, na Copa do Brasil, transformar o que antes era euforia em preocupação.
Mas o cenário foi diferente do vivido há 16 dias. Arrascaeta, Bruno Henrique, Renê e Rafinha converteram, enquanto Diego Alves fez valer o rótulo de pegador de pênaltis para defender o chute de Arroyo, e Queiroz chutou no travessão para levar o Flamengo para a próxima fase.
Ao final da partida, a frase do mosaico se transformou em aplausos retribuídos pelo elenco no centro do gramado. Missão cumprida e o retorno às quartas de final pela primeira vez desde 2010. E a próxima parada está definida: Internacional, no reencontro com Paolo Guerrero.
Fonte: O Globo