De tão duradouro que é o Brasileirão, muitos não se dão conta de que atravessamos somente um quarto do campeonato.
Completaremos nesta segunda-feira a décima de 38 rodadas e o Palmeiras continua lá em cima, apesar do empate em 1 a 1 com o São Paulo no sábado, mas alguns rivais já parecem mais animados.
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Uns são os rubro-negros, mas esses são animados sempre. A goleada sobre o Goiás, na manhã maracanina, foi explosiva, e teve o mérito de, quase 2 mil anos depois, ter reavivado a Jesus-Mania. Mas não é o Flamengo o vice-líder nesta rodada, e muito do trabalho do português ainda precisa ser visto ? em três competições.
O Santos de Jorge Sampaoli foi o grande vencedor desta rodada: é o primeiro time deste Brasileirão a derrotar o Bahia na Terra de Todos os Santos (1 a 0 em Pituaçu, no sábado) e encurtou de 6 para 3 pontos a distância para o Palmeiras.
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Quem olha a classificação de forma desatenta fica persuadido de que temos um campeonato aberto.
Mas não é assim. Se é verdade que o São Paulo de Cuca aproveitou a brecha que o GLOBO identificou na última semana e perfurou a esquerda do Palmeiras, três pontos ainda parecem muito. Luiz Felipe Scolari poupou cinco titulares no Morumbi e cedeu o terceiro gol no certame, mas ainda não perdeu. Sem isso, não há disputa.
No próximo domingo, Palmeiras e Santos viajam, mas a semana do líder é mais difícil: joga pela Copa do Brasil em Porto Alegre (venceu o Inter na ida por 1 a 0) e vai ao Castelão enfrentar o Ceará, que não vence há três partidas no Brasileirão. É impensável que Felipão venha a poupar sua força máxima em Fortaleza, aconteça o que acontecer no Beira-Rio.
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Livre de compromissos paralelos (ou, se preferir um olhar maldoso, eliminado de tudo mais), o Santos de quatro vitórias consecutivas se tornou perigosíssimo.
Encontrou um líder no meia uruguaio Carlos Sánchez e treinará a semana inteira para visitar, no brunch de domingo, um Botafogo estacionado num heroico sexto lugar, mudo em meio ao atraso de salários e hipnótico em sua posse de bola ? foram inúteis 58% contra o Cruzeiro, mas o suficiente para sair do Mineirão com um ponto. O time de Sampaoli precisará ser muito forte para não desanimar no Nilton Santos, já que o Palmeiras poderá impor seis pontos de abismo temporário, caso vença o Ceará.
A próxima rodada ainda reserva uma definição interessante. Desacreditado nas rodadas iniciais, o Grêmio de Renato Gaúcho finalmente frequenta o Hemisfério Norte da tabela e está a dois pontos do G4 e do Internacional, que ocupa a quinta posição.
O clássico de sábado no Beira-Rio informará ao Brasileirão qual dos gaúchos está realmente interessado nas vagas do topo.
Fonte: O Globo
