O Flamengo era um antes e é outro depois de Jorge Jesus. Com uma proposta de jogo inovadora, porém arriscada, e váris mudanças no time, o novo técnico estreou com um empate com o Athletico-PR na primeira partida das quartas de final da Copa do Brasil.
O placar de 1 a 1 foi pouco para um jogo aberto e repleto de chances para os dois lados, com bom papel dos goleiros. Léo Pereira e Gabriel marcaram. Na volta, quarta-feira, no Maracanã, quem vencer passa de fase. O empate leva a vaga para os pênaltis.
Os primeiros minutos indicaram um Flamengo com postura ofensiva, marcando na área adversária. A pressão, no entanto, não se sustentou em todos os setores. E o Athletico logo descobriu como incomodar. Nas costas de Rodinei, lançou bolas longas que confundiram a zaga e obrigaram o goleiro Diego Alves a ser decisivo.
Mesmo adiantado, o Flamengo teve dificuldade para construir jogadas e se manter com a bola. Iniciou mais preocupado em marcar. Os exemplos de Vitinho e Arrascaeta, apagados para tentar cumprir a função tática, foram claros. Para complicar, Gabigol perdeu as chances que teve. Sem Diego e Éverton Ribeiro, com desgaste fisico, além de Rafinha, preservado, a criação ficou de fato prejudicada com Arão ao lado de Cuéllar no meio.
Os gols, no entanto, saíram de forma menos trabalhada. O do Athletico veio em cobrança de escanteio, que Léo Pereira arrematou após falha de Vitinho e Rodinei. O empate veio com Gabigol, após Renê cobrar um lateral longo. A esta altura, Diego e Ribeiro estavam em campo, e deram nova dinâmica. Menos correria, mais toque de bola. E assim o Flamengo esteve próximo de vencer o jogo. Teve chances. Mas também sofreu muito.
O jogo ainda ficou marcado por um polêmica do árbitro de vídeo. O árbitro Anderson Daronco não marcou um pênalti que teria sido cometido por Renê, já que observou falta em Rodrigo Caio no lance anterior, o que gerou protesto dos donos da casa.
Fonte: O Globo