Em uma Copa América de nível técnico questionável, a seleção brasileira surfou bem graças a um conjunto capaz de suprir eventuais irregularidades individuais que apareceram durante toda a competição. Nenhum jogador foi bem em todos os momentos do torneio, mas vários deles se destacaram bastante em momentos pontuais. Os seis brasileiros que fazem a seleção ser maioria entre os onze jogadores eleitos pelo GLOBO como o time ideal da temporada mostram isso. Os outros seis jogadores, distribuídos por outras três seleções, mostram uma competição com até momentos de brilho de outras bandeiras, mas nenhuma tanta quanto a do time da casa. GOLEIRO – Alisson (Brasil) Alisson talvez tenha sido o mais regular jogador da Copa América. Não foi muito exigido na primeira fase e nem na final, mas passou a segurança que mostra no Liverpool quando foi necessário, contra o Paraguai e Argentina.
LATERAIS – Daniel Alves (Brasil) e Beasejour (Chile) Eleito craque do torneio aos 36 anos, Daniel Alves teve facilidade para ser o melhor da posição. Não teve concorrentes, principalmente após a melhor atuação individual do torneio, no jogo mais importante, contra a Argentina na smeifinal. Se na direita sobrou protagonismo, a lateral esquerda ficou carente de um destaque na competição. Beasejour, do Chile, foi o melhor, apesar do desempenho apenas regular. Se beneficiou da contusão de Filipe Luís, do Brasil. ZAGUEIROS – Marquinhos (Brasil) e Thiago Silva (Brasil) Seis jogos, e o único gol sofrido foi em um pênalti que o juiz deveria ter anulado após consultar o árbitro de vídeo. Apesar da pouca exigência na primeira fase, é impossível não escalar a dupla de zaga brasileira, apesar da forte concorrência da dupla uruguaia – Gimenez e Godín, seguros como sempre – e da Colômbia ter sido a única seleção a não tomar gols.
MEIAS – Aránguiz (Chile), Vidal (Chile) e James Rodríguez (Colômbia) Curiosamente, o meio campo é o único setor da seleção que não conta com nenhum finalista. Foi o setor mais forte da equipe chilena, quarto lugar no torneio. Por isso, Aránguiz, uma das ótimas suspresas do torneio – foi líder de assistências da competição, junto com Roberto Firmino – e Vidal estão escalados. Mais na frente James Rodríguez, que saiu invicto e com bons jogos até a preoce eliminação. Não foi tão bem quanto na Copa por aqui em 2014, mas mereceu o posto. ATACANTES – Gabriel Jesus (Brasil), Everton (Brasil) e Guerrero (Peru) Vindos do banco, Gabriel Jesus e Everton conquistaram a vaga em momentos diferentes. O primeiro, com um desempenho acima da média na primeira fase. O segundo, quando foi bem contra Paraguai e Argentina, no mata-mata. Na final, juntos, foram importantes na conquista, um de cada lado. Do lado peruano, Guerreo foi uma estrela solitária que poderia ter brilhado mais. Os três gols e o posto de artilheiro – junto com Everton – o escalam. Foi nessa Copa América também que se tornou o maior goleador em atividade da história do torneio. E um dos cinco jogadores com mais gols em todos os tempos.