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O futuro da Amazon nos games



Na última semana, o site The Information reportou que a Amazon é a mais nova empresa tentando desbravar o mundo dos jogos de computação em nuvem, competindo principalmente com a Microsoft e seu xCloud, e o Google com o Project Stream.

Por enquanto, a companhia de varejo não se pronunciou a respeito do assunto, mas não seria nenhuma surpresa, considerando que ela é, junto destas duas empresas, uma potência no mercado de computação em nuvem, graças ao Amazon Web Services.

Mais do que isso, não é de hoje que a Amazon quer colocar seu nome como entre as grandes empresas no mundo dos games – e, em certos casos, ela já é uma referência significativa.

Não podemos esquecer que, desde 2014, a Amazon é dona da maior plataforma de transmissão via streaming do mundo, o Twitch.tv. Na época, ele já era um dos sites mais acessados em toda a internet, e desde a aquisição de US$ 970 milhões sua influência (e seus influencers).

Não é a toa que um dos maiores nomes de 2018 tenha vindo diretamente do Twitch: Tyler “Ninja” Blevins, por meio de suas transmissões de Fortnite, tornou-se uma celebridade em pé de igualdade com figuras como Drake e Neymar, que chegaram a participar de seus streamings, e foi capa da revista ESPN nos EUA.

Divulgação/ESPN

Sendo assim, pelo lado da comunidade, a Amazon já faz uma parte significativa da indústria de games. Como desenvolvedora e publisher, porém, a história é um pouco mais complexa.

Em 2012, a companhia fundou o Amazon Game Studios, divisão responsável pelo desenvolvimento e distribuição de seus próprios games. Ao recrutar veteranos da indústria, incluindo Kim Swift (de Portal, que desde então deixou a empresa) e designers de jogos como Far Cry 2 e System Shock 2, a empresa tinha como plano a criação de jogos em menor e maior escala.

Esta expansão continuou em 2014, com a aquisição do estúdio Double Helix, que havia encontrado sucesso recente com a primeira temporada de Killer Instinct e o remake de Strider.

Mais de 6 anos após o início do projeto, porém, e o impacto do Amazon Game Studios por enquanto não parece ter sido muito significativo. A maioria de seus títulos é exclusivo da Amazon Appstore e dispositivos da família Fire, limitando significativamente sua projeção.

Isto pode mudar, porém, caso a Amazon esteja realmente empenhada em emplacar seu serviço de jogos via streaming. O AWS já é o maior provedor de computação em nuvem em todo o mundo, o que significa que já há uma estrutura a ser utilizada para isto.

Não só isso, a empresa também pode utilizar da Amazon Prime, que já tem 100 milhões de usuários espalhados pelo mundo, para servir como porta de entrada para o streaming de games.

A este ponto, é possível apenas especular sobre o que a Amazon estaria pretendendo com este serviço, mas a empresa já está empenhada historicamente em investir no mundo dos games, e em teoria tem mais mecanismos para implementar um serviço em nuvem competente do que alguns adversários.

Por enquanto, a companhia não se pronunciou sobre o assunto, mas a previsão da reportagem do The Information é de que o serviço seja lançado oficialmente em 2020, o que indica que mais detalhes deste programa (caso real) sejam divulgados no futuro próximo.

The Enemy


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