Os argentinos estão acostumados com um mate amargo, diariamente, como uma bebida típica do país. Mas o sabor é o mesmo quando se fala em títulos na seleção principal. São 26 anos de jejum da Argentina , desde que a então equipe com Goycochea, Ruggeri (Caceres), Basualdo, Altamirano e Borelli; Redondo, Simeone, Gorosito (Leo Rodrigues) e Zapata; Batistuta e Acosta, foi campeã da Copa América de 1993. Venceram o México por 2 a 1, no torneio sediado no Equador.
No entanto, desde então, o Brasil , rival da noite desta terça-feira pela semifinal da Copa América de 2019, no Mineirão , às 21h30 (de Brasília), se tornou o maior algoz da seleção hermana em competições, contando Copa do Mundo, Copa América e Copa das Confederação . A seleção brasileira foi a que mais eliminou ou tirou o título dos argentinos em cinco torneios: Copa América de 1995, 1999, 2004 e 2007, além da Copa das Confederações de 2005.
Como segunda seleção que mais derrotou e eliminou a Argentina está a Alemanha. Foram três vezes em três Copas do Mundo: 2006, 2010 e 2014. Depois aparece o Chile, duas vezes, justamente nas duas finais das últimas duas Copas América: 2015 e 2016.
Outras seis seleções acabaram com o sonho da Argentina desde 1993, cada uma em um torneio: Romênia (Copa do Mundo 94), Suécia (Copa do Mundo 02), Peru (Copa América 97), Holanda (Copa do Mundo 98),Uruguai (Copa América 11) e França (Copa do Mundo 98).
Veja as 17 chances de conquistas que foram desperdiçadas pela Argentina, sete delas em decisões de título:
1994 – Copa do Mundo nos Estados Unidos – caiu diante da Romênia por 3 a 2 nas oitavas de final (Argentina sem Maradona, que foi suspenso por doping);
1995 – Copa América no Uruguai – eliminada pelo Brasil por 4 a 2 nos pênaltis nas quartas de final após empate por 2 a 2 (com gol de Túlio, o de empate, matando na mão e em impedimento);
1995 – Copa das Confederações na Arábia Saudita – derrota por 2 a 0 na final para a Dinamarca;
1997 – Copa América na Bolívia – derrota para o Peru por 2 a 1 nas quartas de final;
1998 – Copa do Mundo na França – eliminada nas quartas de final pela Holanda, após derrota por 2 a 1;
1999 – Copa América no Paraguai – derrota para o Brasil por 2 a 1, de virada, nas quartas (Rivaldo e Ronaldo brilhando);
2002 – Copa do Mundo na Coreia do Sul e no Japão – eliminada na primeira fase – derrotas para Suécia e Inglaterra;
2004 – Copa América no Peru – derrota para o Brasil por 4 a 2 nos pênaltis na final (golaço de Adriano no empate por 2 a 2 no tempo normal, aos 48);
2005 – Copa das Confederações na Alemanha – derrota para o Brasil na final (chocolate de 4 a 1, com dois de Adriano, e Kaká e Ronaldinho Gaúcho também marcando);
2006 – Copa do Mundo na Alemanha – derrota por 4 a 2 para Alemanha nos pênaltis, nas quartas, após empate por 1 a 1;
2007 – Copa América na Venezuela – nova derrota para o Brasil na final, agora um chocolate – 3 a 0 (Júlio Baptista, Ayala contra e Daniel Alves marcaram);
2010 – Copa do Mundo da África do Sul – goleada de 4 a 0 para Alemanha, de novo nas quartas (Diego Maradona era o treinador);
2011 – Copa América na Argentina – eliminação para o Uruguai por 5 a 4 nos pênaltis, nas quartas, após empate por 1 a 1;
2014 – Copa do Mundo no Brasil – derrota por 1 a 0 na decisão para Alemanha, na final, no Maracanã;
2015 – Copa América no Chile – após 0 a 0 no tempo normal na decisão, derrota por 4 a 1 para o Chile nos pênaltis;
2016 – Copa América Centenário nos Estados Unidos – nova derrota na final para o Chile nos pênaltis, por 4 a 2, após 0 a 0 no tempo normal – Messi desperdiçou uma das cobranças.
2018 – Copa do Mundo da Rússia – eliminada nas oitavas de final pela França, após derrota por 4 a 3.
Fonte: O Globo