O drama parece ingrediente inerente aos confrontos entre Brasil e Paraguai nas quartas de final da Copa América. Pela terceira vez seguida em que se cruzaram nesta fase do torneio, novamente a definição do classificado se deu na disputa de penalidades. O desfecho, para euforia brasileira, foi diferente. Depois do 0 a 0 nos pouco mais de 90 minutos, veio a vitória na marca da cal: 4 a 3. A seleção continua firme na busca pelo título Nas semifinais, aguarda o vencedor de Argentina x Venezuela, nesta sexta-feira.
Coube a um filho da terra, um gaúcho, fruto de uma escola que tanto serviu o Brasil, ser um dos heróis da noite. Tal qual Taffarel, hoje preparador, fizera tantas vezes, Alisson defendeu uma das quatro penalidades batidas pelos paraguaios e foi crucial para a vaga na próxima fase. As voltas que o futebol dá ainda reservaram a Gabriel Jesus o pênalti que selou a classificação brasileira. Logo ele que tinha desperdiçado uma cobrança no jogo passado, contra o Peru.
O desfecho nos pênaltis na Arena do Grêmio foi uma crueldade para uma seleção brasileira que tanto buscou o gol. No segundo tempo, com um jogador a mais, martelou, martelou, mas não conseguiu balançar as redes.
Independentemente do desfecho, o placar aponta a dificuldade dessa equipe de Tite de ter alguém que seja um porto seguro para definir partidas. Neymar poderia ser essa figura, mas, cortado, só pôde assistir à partida na tribuna, ao lado do amigo Gabriel Medina e dos presidentes da CBF, Rogério Caboclo, e Conmebol, Alejandro Domínguez.
A esperança foi depositada em peso sobre os ombros de Everton Cebolinha. Apoio não faltou, sobretudo numa Arena do Grêmio que é sua casa e que tanto o apoiou. Mas o jovem atacante de 23 anos, ainda escrevendo os primeiros capítulos da história dele na seleção, não encaixou bem os dribles e as finalizações.
Quando Tite já tinha abandonado qualquer rigidez tática – ele tirou Daniel Alves e colocou Paquetá, por exemplo -, Willian acertou a trave. Mas o sofrimento deu lugar à euforia com a vitória nas penalidades. Próxima parada: Mineirão.
Fonte: O Globo