O atacante Richarlison não deve mais jogar a Copa América. Diagnosticado com caxumba e fora jogo entre Brasil e Paraguai, nesta quinta-feira, na Arena do Grêmio, pelas quartas de final da Copa América ele, inclusive pode ser um ponto focal de um problema inesperado na seleção. Não dá para minimizar o risco de que outros jogadores tenham sido infectados pelo vírus.
Isso porque o resultado do exame de Richarlison saiu na manhã desta quinta-feira, mas a suspeita é anterior: os exames foram feitos há pelo menos dois dias, que é o tempo comum para que o diagnóstico oficial fique pronto. Os sintomas eram considerados fracos e ele manteve a rotina normal de treinos e convívio com o restante do grupo até a confirmação da doença.
De acordo com o coordenador médico do Fluminense, Douglas Santos, que teve de lidar com casos da doença nas categorias de base do Tricolor este ano, os jogadores que nunca tomaram vacina contra caxumba possuem risco alto de terem sido infectados pelo vírus. Até o momento, nenhum integrante da seleção apresentou sintomas.
? Quem não tomou vacina ainda tem um risco grande de contrair a doença. A caxumba é uma doença que baixa a imunidade da pessoa e se ela continuar a fazer exercícios físicos, o vírus pode contaminar outros órgãos ? explicou Santos.
A situação pode ficar fora de controle, dependendo da quantidade de jogadores sem vacina. Isso porque a CBF informou que, logo depois do jogo contra o Paraguai, a delegação brasileira receberá as doses. A própria entidade providenciará o material necessário.
Douglas Santos explica que a vacinação contra caxumba começa a fazer efeito somente depois de uma semana.
A organização da Copa América já comunicou o caso às autoridades sanitárias. Por ora, não há necessidade de vacinar os jogadores do Paraguai. Os convocados para o torneio têm seguro hospitalar para o caso de necessidade de exames do gênero.
– Eles estão bem orientados. Tomaram as providências necessárias – diz Jorge Pagura, coordenador médico da Copa América.
Enquanto isso, Richarlison segue em isolamento no hotel da seleção, em Porto Alegre. O contágio da caxumba é similar ao da gripe.
Fonte: O Globo