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Análise: Cavani livra o Maracanã da frustração após jogo ruim



Impressiona como Cavani precisa de muito pouco para ganhar um jogo. O Uruguai pode ter pouca produção ofensiva, pode continuar dependente de um jogo pouco inventivo, mas basta um lance. Uma rara jogada minimamente trabalhada terminou em um cruzamento que Cavani , de cabeça, transformou em gol. Ele livrou o maior público da Copa América da frustração de um 0 a 0 que até seria compatível com um jogo ruim.

A vitória por 1 a 0 fez do Uruguai o líder do Grupo C e o leva a enfrentar o Peru nas quartas de final. Os chilenos, que garantiriam o primeiro lugar com um empate, agora terão a Colômbia pela frente. No outro jogo do grupo, o 1 a 1 entre Japão e Equador eliminou os dois. E confirmou que o Brasil jogará contra o Paraguai, quinta-feira, em Porto Alegre.

Entre pagantes e não pagantes, eram 57 mil pessoas dispostas a criar um belo ambiente de futebol sul-americano. Mas que, aos poucos, sucumbiram a um jogo de ataques descontínuos, picotado, de pouca criação.

Rueda montou o Chile com três zagueiros. Em tese, criava superioridade contra Cavani e Suárez e também no meio-campo. Seus alas passavam pouco, já que o empate interessava. Teve posse de bola no início do jogo e uma chance em chute de Aránguiz, mas aos poucos a dedicação de Cavani marcando a saída de bola de Pulgar, e Lodeiro fechando o meio,equilibraram ações.

Velhas armas

Mesmo com meias mais jovens, o Uruguai reluta em trabalhar a bola. Busca o jogo direto, com bolas longas. Tabárez escalou Arrascaeta partindo da direita, mas foram raras as jogadas de trocas de passes e aproximações. E, sem Laxalt, havia pouca passagem de laterais.

O Uruguai tentou pressionar mais no segundo tempo, em especial com Nández na vaga de Lodeiro. Mas o jogo era truncado, cada vez mais brigado e menos jogado. A ponto de o momento de mais vibração ter sido uma invasão de campo. Um torcedor driblou todos os Stewards até levar uma rasteira do chileno Jara.

Voltando ao jogo, a última cartada de Óscar Tabárez foi a entrada de Jonathan Rodríguez pela esquerda, tentando ganhar alguma força pelo lado. Funcionou: foi dele o passe para o gol de Cavani. O Uruguai se renova, mas vence com velhas armas.

Fonte: O Globo


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