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Copa América se redime com Maracanã na vitória do Uruguai sobre o Chile



Após dois jogos em que a irreverência do torcedor chamou mais a atenção do que o nível técnico, o Maracanã, enfim, viu uma partida capaz de atrair o interesse dos amantes do futebol. Apesar dos poucos gols, o duelo entre Chile e Uruguai foi um dos melhores até agora na Copa América. No duelo de dois candidatos ao título, melhor para a Celeste, que venceu por 1 a 0 e garantiu o primeiro lugar do Grupo C.
A liderança da chave não significa pouco. Com esta colocação, os uruguaios garantiram um dia a mais de descanso (só jogam no sábado, na Fonte Nova) e um rival teoricamente mais fraco: o Peru. Já os chilenos farão aquele que promete ser o duelo mais equilibrado das quartas de final: enfrentam a Colômbia, sexta-feira, na Arena Corinthians.
Uruguai e Chile fizeram um duelo de estilos em campo. Os chilenos apostaram num futebol de posse de bola e muitas trocas de passes. Mas, mais do que isso, destacaram-se pela precisão. Erraram muito menos que o rival. Se não marcaram um gol, foi mérito dos rivais, que levaram a campo seu futebol defensivo e fecharam o gol.
Não que os uruguaios tenham sido retranqueiros. O técnico Óscar tabarez soube armar sua defesa, com as duas linhas de quatro bem próximas, dando pouco espaço para as infiltrações chilenas. Na frente, esperou o adversário errar, como aos 21 do primeiro tempo, quando Suárez conseguiu driblar Arias, mas, ao invés de tocar, preferiu finalizar mesmo sem ângulo e permitiu que o goleiro se recuperasse.
NA etapa final, mesmo com menos posse o Uruguai arriscou-se mais na frente. E se expôs mais. Aos 23, Gimenez precisou salvar em cima da linha uma bola cabeceada por Díaz.
O jogo parecia caminhar para o 0 a 0. Antes do gol, o principal momento da partida fora a invasão de um torcedor que, ao tentar driblar os seguranças, levou uma banda de Gonzalo Jara. O episódio revoltou os uruguaios, que pediram cartão. Mas o polêmico jogador chileno (o mesmo da dedada em Cavani, em 2015) saiu impune.
O castigo veio aos 36. Estreante pela seleção uruguaia, Rodríguez cruzou na medida para Cavani fazer o gol do jogo. Uma ironia do destino que deixou a vitória ainda mais saborosa para a torcida da Celeste.

Fonte: O Globo


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