Cinquenta países já tiveram a chance de assistir a Lionel Messi em campo pelo menos uma vez, e o Brasil é um sortudo palco na jornada de um dos maiores jogadores que o futebol já viu. Nesta quarta-feira, quando entrar em campo com a Argentina contra o Paraguai, às 21h30, no Mineirão, Messi realizará sua 11ª partida em território nacional.
Se a partida for o início de uma reação que levará a Argentina até a final do torneio, e o camisa 10 estiver em todos os jogos, o Brasil se tornará o 4º país onde o craque mais atuou, atrás somente das óbvias Espanha e Argentina, além da Inglaterra.
Se na Inglaterra o brilho é garantido por atuações de gala pelo Barcelona na Champions League, no Brasil – onde só atuou com a camisa da Argentina – o desempenho é um retrato da irregular história de Messi pela seleção. A derrota de sábado para a Colômbia foi a terceira consecutiva em 10 jogos por aqui. Antes, eram cinco vitórias e dois empates.
Belo Horizonte e o Mineirão são protagonistas. O estádio foi o palco da primeira vez – um 0 a 0 contra o Brasil em 2008. Onze anos depois, a partida de hoje será a quarta de Messi no estádio. Ele não pisou mais em nenhum outro estádio brasileiro.
E se ele sente saudades de bons momentos com a seleção está lugar certo para matá-las. Foi na região metropolitana de Belo Horizonte que a Argentina se hospedou na Copa de 2014, quando foi até a final. A concentração foi a Cidade do Galo, que não por acaso, foi escolhida como sede do último treino antes da partida.
O técnico Scaloni só liberou os 15 minutos iniciais do treino para a imprensa. Como o local já era conhecido, no entanto, os jornalistas já sabiam o que fazer: subiram um morro em frente ao CT do Atlético-MG e, de lá, enxergaram crise.
– Viram por cima da montanha, né? Eu disse que qualquer um que veio tem chance de ser titular, a decisão passa pelo que buscamos na partida – disse Scaloni, sem confirmar as mudanças no time.
Casco, De Paul, Pereyra e Lautaro Martinez – provável parceiro de ataque de Messi – devem entrar no time. Saem Saravia, Guido Rodríguez e os renomados Di Maria e Aguero. A impressão – apesar do tom político do treinador – é que as mexidas buscam mais velocidade, na tentativa de encontrar um rumo antes do que seria uma desastrosa segunda derrota.
Por isso, lá de cima, se viu uma demorada roda de conversa. Talvez para Messi, um dos que palestrou para todo grupo, contar que, respirando aqueles ares, a Argentina já foi mais feliz.
– Messi está bem e precisamos que ele siga assim – contou Scaloni. Sobre a conversa? – Foi boa. – resumiu.
Fonte: O Globo