SÃO PAULO – O Morumbi soou mais como estádio e Chile x Japão teve mais cara de partida de Copa América do que o clima de amistoso que predominou em Brasil e Bolívia, no mesmo palco, há três dias. O Chile confirmou seu favoritismo de bicampeão, é verdade, mas a velocidade de Nakajima e a habilidade de Kubo transformaram a vitória chilena em um programa agradável para os 23.253 pagantes que aceitaram sair de casa numa fria segunda-feira à noite em São Paulo.
O Japão trouxe o time recheado de jovens em busca de mais experiência antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020. O Chile redobrou a aposta nos veteranos Arturo Vidal e Alexis Sánchez em busca do tricampeonato. Venceu a experiência de um grupo que mostrou que, apesar dos dois últimos anos, marcados pela ausência na Copa do Mundo de 2018, na Rússia, cresce quando seus principais craques, muito longe de seus melhores momentos, se sobressaem quando vestem “La Roja?.
Os gols saíram naturalmente, um no primeiro tempo, com o jovem Erick Pulgar, um dos poucos focos de renovação na equipe, e três no segundo, duas vezes com o artilheiro Eduardo Vargas, que se tornou o maior goleador do Chile na história da competição, com 12 gols. Alexis Sanchez completou o marcador.
O resultado não fez justiça ao Japão, que surpreendeu com a habilidade do seu camisa 10, Shoya Nakajima, e com o potencial do meia Takefusa Kubo, de apenas 18 anos. Os dois causaram dor de cabeça para a defesa chilena, mas não conseguiram transformar a boa atuação em gols. Na próxima rodada, os jovens japoneses terão um desafio ainda mais difícil, contra a forte defesa uruguai.
Por outro lado, os quatro gols renderam ao Chile o empate na tabela com a Celeste. As duas seleções só se enfrentarão na última rodada da fase de grupos no duelo que deve decidir a liderança e a disputa entre duas das melhores gerações que cada país já produziu.
Fonte: O Globo