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Messi sucumbe a uma Argentina ainda distante de formar um time



Eram 20 minutos do segundo tempo quando o rebote do goleiro Ospina se ofereceu a Messi na área. Habitualmente um gol certo, a cabeçada foi para fora. Cinco minutos depois, como num castigo, o outro 10 em campo, James Rodríguez, inverteu lindamente a bola para Roger Martínez fazer um golaço. Argumentos para quem acredita que Messi tem sua parcela nos dramas que vive junto com a Argentina.

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Eram 39 quando Messi, em belo passe, achou Tagliafico. Mas De Paul finalizou fora. Um minuto depois, um mortal contragolpe terminou no gol de Zapata e nos 2 a 0 para a seleção que tinha mais cara de time na Fonte Nova. Este sim, um dado definitivo: o contexto é cruel e Messi nunca foi parte de um grande time, coletivamente formado. A Copa América parece destinada a ser mais um capítulo desta saga. Esta Argentina não passa de esboço. No fim, lá estava Messi de cabeça baixa vagando pelo campo.

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Curiosamente, tivera boa participação num segundo tempo em que a Argentina, com jogadores mais próximos e mais controle da bola, crescera no jogo. E justamente ali sofrera os dois gols. Antes, fora totalmente superada no primeiro tempo.

Importante falar sobre a Colômbia de Carlos Queiroz, que propõe algo complexo e surpreendentemente bem executado para quem dirige o time apenas pela quinta vez. Muito compacto ao marcar, asfixiou Messi e a Argentina sem mobilidade e ideias do primeiro tempo.

Cuadrado, desde sempre um jogador de lado do campo, impressiona pela forma como interpretou uma função distinta: marca como um meia interior, mas após a retomada da bola pode ser um iniciador de jogadas ou arrancar pela ala direita, empurrando James Rodríguez para a posição do “camisa 10? ou até para o centro do ataque. Depois, após a lesão de Muriel, James atuaria alguns minutos na esquerda, mas seria decisivo na segunda etapa quando retornou ao setor direito, cortando para dentro e usando sua canhota.

A Colômbia móvel, com inversões de posições e rápida ao mover a bola, poderia ter ido para o intervalo vencendo. Tinha também boa atuação dos volantes Barrios e Uribe, que merecem atenção.

Na segunda etapa, a Argentina, que tem dificuldade para atacar em velocidade tendo Aguero e Messi na frente, e Di María pelo lado, cresceu com a saída deste último para De Paul entrar. Mas é um time que se desordena facilmente. E assim ofereceu à Colômbia a chance de exibir sua outra face: a do contra-ataque. Messi até teve chances e não fez sua mágica, mas o sistema que o cerca voltou a se mostrar falido. Este filme já se viu algumas vezes.

Fonte: O Globo


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