O duelo de estilos que caracterizou jogos recentes entre Botafogo e Grêmio, o que inclui uma quarta de final de Libertadores, não existe mais. Desde a chegada de Eduardo Barroca ao alvinegro, às vésperas do início do Brasileiro, o futebol de contragolpes de temporadas recentes deu lugar ao apreço pela bola, pela troca de passes. Traços similares aos que adota o Grêmio de Renato Gaúcho há três anos. Os treinadores se encontram hoje, no Nilton Santos, às 19h15.
A maior posse de bola do Brasileirão atual é do Botafogo: 57% por jogo, em média. Já o Grêmio é o terceiro no quesito, de acordo com dados do Footstats. O que não significa que ambos vivam realidades semelhantes. Se o alvinegro é uma bela surpresa, o time gaúcho vem tendo rendimento decepcionante.
Eduardo Barroca, que ainda não terá o volante Bochecha e deverá manter a formação com Alex Santana no meio-campo, conseguiu dar ao time controle sobre a bola, após anos de um jogo de transições rápidas adotado pelos antecessores. Agora, tenta fazer o Botafogo agredir mais, criar um número de chances proporcional ao domínio da bola: é o segundo time que menos finaliza no torneio e, mesmo assim, está em quarto lugar na tabela.
Já o Grêmio, 13º colocado, tem desfalques como Matheus Henrique, na seleção sub-23, e Éverton, na seleção principal. O 2019 tem sido de dificuldades táticas. A saída de Ramiro para o Corinthians desequilibrou o time defensivamente em parte da temporada, fazendo a equipe sofrer contragolpes. Além disso, o Grêmio por vezes tem problemas para infiltrar nas defesas rivais. Hoje, Felipe Vizeu deverá ser o centroavante titular após ganhar a vaga de André.
Fonte: O Globo