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Artista robô humanóide Ai-Da prepara sua primeira exposição.



Descrita como “a primeira artista robô humanóide ultra-realista do mundo”, Ai-Da abre sua primeira exposição individual de oito desenhos, 20 pinturas, quatro esculturas e duas obras de vídeo no dia 12 de junho na Galeria Barn, na Inglaterra.

A mostra traz “uma nova voz” ao mundo da arte, disse seu inventor, britânico e proprietário da galeria, Aidan Meller.

“A voz tecnológica é a mais importante para se focar porque afeta todo mundo”, disse ele à Reuters.

“Temos uma mensagem muito clara que queremos explorar: os usos e abusos da IA [inteligência artificial] hoje, porque a próxima década está chegando dramaticamente, estamos preocupados com isso e queremos ter considerações éticas em tudo isso.”

Nomeada em homenagem à matemática britânica e pioneira da computação Ada Lovelace, a Ai-Da pode desenhar de vista graças a câmeras em seus globos oculares e algoritmos de IA criados por cientistas da Universidade de Oxford que ajudam a produzir coordenadas para o seu braço para criar a arte.

Ela usa um lápis ou caneta para esboços, mas o plano é que Ai-Da pinte e crie cerâmica. Suas obras de pintura agora são impressas em tela com uma pintura humana por cima.

“A partir dessas coordenadas do desenho, conseguimos transformá-lo em um algoritmo que é capaz de gerar um gráfico cartesiano que produz uma imagem final”, disse Meller.

“É um processo realmente empolgante que nunca foi feito antes, da maneira que fizemos… Não sabemos exatamente como os desenhos vão acabar e isso é realmente importante”.

Em exibição na exposição “Unsecured Futures” estão desenhos em homenagem a Lovelace e ao matemático Alan Turing, pinturas abstratas de árvores, esculturas baseadas nos desenhos de Ai-Da de abelhas e vídeos, um dos quais, “Privacy”, presta homenagem a obra de Yoko Ono de 1965, “Cut Piece”.

Questionada por Meller sobre “toda a inteligência artificial acontecendo no momento”, Ai-Da, que possui um discurso pré-programado, respondeu: “Novas tecnologias trazem o potencial para o bem e o mal. É uma grande responsabilidade tentar refrear os excessos do uso negativo, algo que todos nós devemos considerar.”

Fonte: G1


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