Sem Pedro, as esperanças de gol do Fluminense contra o Atlético Nacional nesta quinta, às 21h30, no Maracanã, pela Sul-Americana, estão em Luciano. São pés que atravessam boa fase e podem fazer a diferença. O atacante vive sua temporada mais goleadora: com o gol que marcou sobre o Cruzeiro, no sábado, chegou aos 14, ultrapassando os 13 que havia feito em 2014, no Corinthians. A comparação das médias de gols comprova o faro mais apurado: 0,52 por jogo agora, contra 0,29 há cinco anos. A marca atual é a melhor da carreira.
? Fico feliz com o momento, pois trabalho forte ? festeja ele:? Estamos em maio e já superei o número de gols de 2014. Estou na vice-artilharia do Brasileiro (atrás de Fred, do Cruzeiro, com 16) e sou artilheiro do Fluminense no ano. Devo isso aos companheiros e à nossa força coletiva. É continuar trabalhando para aumentar ainda mais esses números.
Luciano está no Fluminense desde julho de 2018. Mas a diferença de produtividade entre um ano e outro é grande. Nos primeiros seis meses ? quando jogou a maioria das vezes mais centralizado ? marcou cinco vezes em 24 partidas. Com o técnico Fernando Diniz, ganhou mais mobilidade e, além dos gols, registra três assistências.
? Procuro sempre dar meu melhor, independentemente do posicionamento. O treinador tem nos ajudado muito, e acredito estar dando resultados que correspondem às expectativas.
A boa fase, porém, não se reflete na relação com a torcida. Embora este ano ele não tenha ficado mais que três jogos sem marcar, os tricolores vinham se irritando com as chances perdidas. Uma coincidência ajudou a criar a bronca: quando Luciano não marcou em 2019, o time não venceu. A emoção ao balançar a rede do Cruzeiro foi grande, mas o atacante assegura não haver relação com esta pressão.
? Foi especial em razão do meu aniversário, um presente que me dei ? diz ele, que fez 26 anos no sábado: ? A cobrança faz parte do trabalho e da vida de qualquer jogador.
?Atlético Nacional deve ser respeitado, mas não temido?
Vinculado ao Leganés, da Espanha, Luciano está emprestado ao Fluminense até 2021. Mas sua trajetória ? com uma passagem pelo Panathinaikos, da Grécia, interrompida após quase oito meses de atrasos salariais ? lhe ensinou a não fazer muitos planos para o futuro:
? Até aqui é uma boa temporada e vou trabalhar para seguir crescendo ao longo do ano. Faço o meu dentro de campo, e meus representantes fazem o deles lá fora.
O atacante prefere focar no agora. Principalmente no Atlético Nacional. Ainda lembrados no Brasil pelo título da Libertadores de 2016, os colombianos, hoje treinados pelo brasileiro Paulo Autuori, não vivem bom momento. Um combustível a mais para a confiança de Luciano:
? É um time que deve ser respeitado, mas não temido. Precisamos impor nosso ritmo.
Fonte: O Globo