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Lucas, sobre Copa América: 'Espero que meu momento me recoloque na seleção'



O quanto foi possível, Tite flertou com dois lados antagônicos desde a derrota na Rússia: tentou prestigiar os feitos do presente e ao mesmo tempo reconhecer o peso do passado. Mas nesta sexta-feira ele terá de tomar uma decisão. A convocação para a Copa América coloca frente a frente jogadores que foram fundamentais no ciclo até a Copa do Mundo e outros que pedem espaço.

Um exemplo, talvez o mais quente, seja o de Lucas Moura. O atacante do Tottenham marcou 15 gols – é o terceiro artilheiro da equipe na temporada – e entrou em campo 48 vezes – somente Eriksen e Alderweireld jogaram mais do que ele pelos Spurs. O desempenho, já acima da média, foi coroado com três gols na semifinal da Liga dos Campeões contra o Ajax, diante do auxiliar técnico de Tite, Cleber Xavier. Se antes era pouco cotado, o jogador se vê com todo direito de sonhar em ser convocado.

– Eu espero que meu momento me recoloque na seleção, né? Ela sempre foi um objetivo meu, um grande sonho de representar meu país, mas isso depende do treinador.

Lucas entra numa disputa por espaço que antes foi ocupado, quase que indiscutivelmente, por Willian e Douglas Costa. Os dois tem menos chances de serem chamados. Até porque a renovação no ataque já começou e conta com David Neres, Richarlison e Everton como figuras de frente.

No meio de campo, o antigo e o novo também entram em rota de colisão. Paulinho e, principalmente, Renato Augusto, são jogadores que Tite sempre valoriza, mas esbarram no frescor trazido por Arthur, Lucas Paquetá e Alan. Na cabeça de área, Fabinho e Fernandinho disputam uma vaga entre os 23. Nove anos de idade separam os dois, outro exemplo de choque de gerações.

– A seleção tem muitas opções, jogadores que podem entrar e representar muito bem. Podemos montar duas, três seleções competitivas. Tenho de estar vivendo um bom momento, com sequência de bons jogos e depois aguardar a decisão do Tite – afirmou Lucas.

Há posições em que o presente não representa novidades, a mesma fartura citada pelo brasileiro do Tottenham. No gol, nas laterais e na zaga, o treinador manterá praticamente a base que perdeu para a Bélgica nas quartas de final do Mundial. Com o cargo ameaçado em caso de má campanha em casa, Tite encontra do meio para trás um porto seguro.

Fonte: O Globo


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