O Brasileirão da Série A começa neste sábado e, até dezembro, alimentará as polêmicas em mesas de bar e as provocações de segunda-feira de manhã no trabalho. Com as peculiaridades que nos fazem amá-lo e odiá-lo na mesma intensidade, o campeonato se estende pelos próximos sete meses.
Como um aquecimento ao longo desta semana que antecede a abertura do nacional, o GLOBO convidou 47 especialistas, entre jogadores em atividade, ex-atletas, técnicos e jornalistas de diversos veículos e regiões do país para uma eleição que determinasse quais foram os 50 maiores jogadores dos primeiros 16 anos da era dos pontos corridos, que começou em 2003 e terá sua 17ª edição neste ano. A meta era trazer diferentes olhares e preferências para chegar à nata.
De segunda até sexta-feira, dez nomes serão revelados por vez.
40º ? Alecsandro
Atacante
O irmão artilheiro de Richarlyson espalhou gols por toda parte. Dividiu seu inventário de 100 gols nos pontos corridos ? o quarto maior goleador da era ?por camisas tão ilustres quanto as de Ponte Preta, Cruzeiro, Internacional, Vasco, Flamengo, Atlético-MG, Palmeiras e Coritiba. Não fincou raízes, não foi ídolo, mas assombrou goleiros e zagueiros com sua imposição física.
39º ? Rafael Sóbis
Atacante
Revelado pelo Inter, o gaúcho de Erechim estourou na campanha do vice de 2005, eleito revelação e melhor atacante. Passou por Espanha e Qatar até que voltou ao Brasil para conquistar o título nacional pelo Fluminense em 2012. Mais lento, fez parte do ataque sólido do Cruzeiro e, aos 33 anos, retornou ao Colorado para estar à disposição de Odair Hellmann na volta do Brasileirão.
38º ? Paolo Guerrero
Atacante
O peruano se firmou no Corinthians por ser um exímio pivô, um ótimo cabeceador e um bom finalizador. Na média, teve mais sucesso na primeira função, especialmente nos anos de Flamengo. De costas para o gol, sua luta e sua generosidade permitiam que os meias de seu time se projetassem ao ataque enquanto ele protegia a bola. Deixou 42 gols nas oito edições que jogou na Série A.
37º ? Leonardo Silva
Zagueiro
Aos 39 anos, o defensor carioca de enorme profissionalismo no preparo físico completou uma década no futebol mineiro. Se antes, no Palmeiras e no Cruzeiro, aliava a estatura (1,92m) à velocidade, hoje seu forte é a saída de bola, que parece melhorar a cada temporada, segundo o comentarista Bob Faria. Pelos atalhos do campo, Leonardo permanece à altura da história que construiu.
36º ? Diego Tardelli
Atacante
Garoto-problema no São Paulo campeão de 2007, reserva de luxo no Flamengo, o paulista de Santa Bárbara d?Oeste parecia fadado a desperdiçar talento até chegar ao Atlético-MG. Ali, sua habilidade superior e velocidade pelas pontas se uniram a um faro de gol que o levaram a liderar a lista de matadores ao lado de Adriano, do campeão Flamengo. Aos 33 anos, ele volta com a camisa do Grêmio.
35º ? Breno
Zagueiro
Um dos resultados mais surpreendentes da eleição, o zagueiro Breno é uma das maiores voltas por cima da Série A. Revelado aos 17 anos no São Paulo de Muricy Ramalho, o menino com atuações de veterano encantou o Bayern de Munique. Deprimido após duas cirurgias no mesmo joelho, cometeu o infame incêndio na própria casa. Voltou ao São Paulo e hoje, com 29 anos, tenta se firmar no Vasco.
34º ? Borges
Atacante
O baiano de Salvador enfrentou concorrência pesada no São Paulo de 2007, onde se consagrou. Onde havia Adriano Imperador, pediu para ser chamado de “Trabalhador?. Ao fim de sua carreira, em 2016, somou 99 gols nos pontos corridos ? 23 deles como artilheiro isolado de 2011. São Paulo, Grêmio, Santos e Cruzeiro se lembram dele com carinho de sua produtividade, que merecia mais grife.
33º ? Willian Bigode
Meia-atacante
A era dos atacantes solidários, verdadeiros operários da agressividade, encontra uma bela encarnação neste paulista de Três Fronteiras, que, segundo Mauro Beting, é o “melhor ator coadjuvante do mercado?. Com 1,70m, é um dos atacantes que mais interceptam bolas no ataque, além de atuar pelos dois lados e ser perigoso em ambos e ter um bom desempenho como centroavante de bolso.
32º ? Ricardinho
Meia
Preciso nos passes e econômico nos toques, o armador canhoto já tinha uma Copa do Mundo e dois Brasileirões pelo Corinthians quando entrou no mundo dos pontos corridos com a camisa são-paulina, em 2003. Mas foi no Santos de 2004 que atingiu seu melhor momento após a adoção da fórmula, regendo com o meio-campo que municiava Robinho, Deivid e, nos minutos finais, Basílio.
31º ? Pedro Geromel
Zagueiro
Em 2014, o paulistano chegou a Porto Alegre cedido pelo Colônia, da Alemanha, e com um jeito de bom garoto imperdoável num zagueiro dos Pampas. Ganhou a torcida com segurança nos desarmes, impulsão e um enorme senso de cobertura. Essa máquina de botes se tornou líder do Grêmio de Renato Gaúcho e se tornou raro caso de jogador que foi à Rússia pelo que mostrou no país.
Confira, clicando aqui , a primeira parte da lista.
Fonte: O Globo