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Após o título estadual, Flamengo mira a Libertadores



Passado o Carioca, vencido pelo Flamengo pela 35ª vez, pode-se dizer que a temporada começa para valer para os times cariocas a partir de hoje. O próprio time rubro-negro, por exemplo, já encerrou as comemorações e embarca para Quito, onde, na quarta, contra a LDU, pode assegurar a vaga nas oitavas de final da Libertadores. Mas isso também não quer dizer que o campeonato encerrado ontem não tem o seu valor. Além de proporcionar alegria e festa aos campeões, serve para mostrar como os quatro grandes chegam para a disputa do Brasileiro e das fases derradeiras das demais competições.

Não é leviano dizer que, de todos, o Vasco é o que larga atrás. O clube entra na semana de estreia do Brasileiro dando passos no escuro. A diretoria demitiu o técnico Alberto Valentim logo após a derrota por 2 a 0 para o Flamengo e, conforme disse o presidente Alexandre Campello, ainda não pensou em ninguém para o posto. Contra o Santos, na quarta, pela Copa do Brasil, o time será dirigido interinamente por Marcos Valadares, do sub-20.

Neste sentido, o Botafogo leva um pouco mais de vantagem. Visto como promissor, Eduardo Barroca terá treinado seu time por 12 dias quando sua equipe estrear no Brasileiro, sábado que vem, contra o São Paulo.

E não é porque venceu que o Flamengo não tem lições a tirar. A supremacia rubro-negra sobre os rivais do mesmo Estado já era sabida antes mesmo de o Carioca começar. No entanto, deixou a impressão de que ergueu a taça mais pela grande quantidade de talentos individuais que sua saúde financeira lhe permite ter do que por um esquema bem assimilado. Ontem, por exemplo, esteve longe de fazer uma grande partida.

? Uma conquista não é feita de um jogo. Não foi uma das melhores partidas que o Flamengo fez no ano. Mas fez uma partida inteligente. No jogo em si, o Vasco foi superior ? admitiu Abel Braga.

FLU SÓLIDO TATICAMENTE

A vitória veio pela eficiência: o Flamengo superou Fernando Miguel duas vezes em apenas cinco chutes na direção da meta vascaína. Em todo o campeonato, por sinal, esta se mostrou sua maior virtude. A média foi de um gol a cada 3,5 finalizações corretas. Será uma arma no Brasileiro.

Taticamente, ninguém se destacou tanto quanto o Fluminense de Fernando Diniz. Mesmo fora da decisão, o time soube aproveitar o Carioca. Saiu do campeonato com uma ideia de jogo bem estabelecida. A partir de agora, contra adversários mais fortes, será mais testado. A falta de opções de qualidade no plantel são seu maior desafio.

Fonte: O Globo


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