Se você tem hipertensão, saiba que praticar atividade física pode ser uma ótima alternativa para baixar a pressão. Pesquisadores da Universidade de Stanford (EUA) descobriram que exercícios têm efeito similar à medicação para baixar a pressão arterial.
O estudo, publicado no British Journal of Sports Medicine, ressalta que, independentemente dos resultados, não é aconselhado que pacientes abandonem seus remédios prescritos por médicos. A ideia é que possam combinar exercícios com os medicamentos para um efeito ainda melhor em relação ao tratamento da pressão alta.
Como foi feito o estudo
Os cientistas reuniram dados de 391 ensaios: metade sobre o impacto de medicamentos na diminuição da pressão arterial sistólica; e a outra parte a respeito da influência de exercícios na queda da hipertensão.
Foram verificados exercícios de resistência (corrida, caminhada, ciclismo, natação e treino HIIT); resistência dinâmica (treinamento de força, como com pesos); resistência isométrica (prancha); e combinações de treinos de resistência.
Assim, os pesquisadores fizeram três tipos de análises:
- Todos os exercícios x todos os tipos de remédios para baixar a pressão arterial
- Diferentes tipos de exercícios x diferentes tipos de remédios
- Diferentes intensidades de exercícios x diferentes doses de remédios
Os estudos anteriores foram feitos com participantes jovens e saudáveis, com pressão normal. Já nesta versão mais recente, os pesquisadores focaram somente em indivíduos com hipertensão.
Conclusões
Os participantes jovens e saudáveis tiveram melhores resultados em baixar a pressão com medicamentos do que com treinos de resistência.
Em contrapartida, quando foram checados somente os indivíduos com pressão alta, a atividade física foi tão efetiva quanto à maioria dos medicamentos. A combinação de exercícios de resistência com treinos de resistência dinâmica foi a mais eficaz na redução da pressão arterial sistólica.
Porém, os cientistas alertam médicos sobre a indicação de atividades para pessoas com hipertensão. É preciso que os profissionais exijam exames e estejam cientes das limitações de cada indivíduo: se pode aderir a exercícios de resistência, para quais intensidades e estilos, e quais os possíveis benefícios a serem obtidos.
Fonte: Terra Saúde