O Conselho Deliberativo do Flamengo vota nesta quarta-feira a proposta de contrato que envolve o Fluminense e o Governo do Estado para administração do Maracanã pelos próximos seis meses.
O texto que rege o acordo é curto e simples, mas possui pontos que serão esclarecidos na sessão, para a elaboração de um documento final, a ser firmado na sexta-feira.
Segundo fontes ouvidas pela reportagem, não estão descartadas algumas mudanças no texto da proposta, inclusive há o risco de o Fluminense não dividir mais a gestão diretamente com o Flamengo.
Após analisar os balanços contábeis do clube das Laranjeiras, o Governo do Estado deve recuar e assinar apenas com o Flamengo. O Fluminense, sem certidão nacional de débito (CND), terá um contrato de gestão compartilhada e não poderá contratar junto ao poder público.
Entre os outros alvos de discussão, estão a origem da empresa NG Engenharia, contratada pelos clubes como especialista na execução de obras com as características similares às exigidas no acordo de permissão de uso do estádio. O capital social da empresa é de apenas R$ 5 mil.
Outro questionamento é a gestão do Maracanã passar a ser realizada por um comitê formado pelos dois clubes. No acordo, não está previsto de quem é a palavra final em caso de discordância sobre o uso do estádio.
Em virtude das chuvas e do fechamento da Gávea, o Conselho Fiscal do Flamengo não analisou o contrato do Maracanã na última terça-feira, como previsto. Haverá uma reunião antes da sessão no Deliberativo que votará o termo.
Mesmo sem o encontro, já há um relatório preliminar preparado com os questionamentos dos conselheiros do Flamengo. O parecer será a favor, mas contém algumas recomendações e advertências sobre o contrato endereçadas à diretoria.
Fonte: O Globo
