O Vasco entregou ao governo do Rio uma sugestão de modelo para gestão futura do Maracanã. Na visão do cruz-maltino, a administração deve ficar com um consórcio formado pelos quatro grandes clubes.
O posicionamento é uma resposta da diretoria às reuniões feitas com o secretário de Esporte, Felipe Bornier, e a comissão montada pelo Palácio Guanabara para desenvolver o processo licitatório.
No entanto, a proposta vascaína, informada inicialmente pelo globoesporte.com, não diz respeito ao período de gestão provisória de 180 dias. Esse ponto será definido na sexta-feira pelo Palácio Guanabara.
– Foi uma sugestão que levamos. Estamos dispostos a conversar. Eles começaram a conversa dizendo que tínhamos que montar um modelo. Temos que seguir as discussões – explicou ao GLOBO o presidente do Vasco, Alexandre Campello.
Observando os termos do documento que regulamenta a concorrência pela permissão de uso, o cenário mais fácil é que empresas disputem o controle do Maracanã no período transitório – e não clubes. O governo inseriu requisitos técnicos, financeiros e cita a proibição de preferência de uma agremiação em detrimento de outra.
Campello manifesta a preocupação frente ao cenário provável de repetição da relação que os clubes tinham com a concessionária anterior.
– Estamos discutindo isso também, porque de certa forma alija os clubes. Eu acho que mais uma vez o governo vai fazer besteira se fizer isso. Corre o risco de fazer a coisa de maneira açodada e não satisfazer quem interessa, que é o futebol. Tem que ser discutido com calma. Coloquei isso para o Comitê. A urgência não beneficia. Esse atropelo é prejudicial. Não sei se interessa a alguém. Mas não é legal – comentou o presidente do Vasco.
Alexandre Campello ressaltou que não conversou com eventuais empresas candidatas a receber a permissão de uso. Em relação a uma eventual participação da Ferj na gestão do estádio, citou que também não discutiu o assunto com o presidente Rubens Lopes.
Fonte: O Globo