O Conselho Deliberativo do Flamengo aprovou, nesta segunda-feira, por ampla maioria, o contrato do Banco BS2 para ser o patrocinador master da equipe até dezembro de 2020. Em reunião na Gávea, mais de 320 conselheiros marcaram presença no evento, que começou por volta das 19h30 e chegou ao fim às 21h50. A marca estreina no uniforme na quarta-feira, contra o Peñarol.
Antes de acontecer a votação, Gustavo Oliveira, vice de comunicação e marketing do Flamengo, discursou. Em seguida, a conselheira Marion Kaplan pediu a palavra e falou na frente da reunião com o microfone. Ela reclamou que os conselheiros não tiveram acesso ao contrato e do pedido aos torcedores para abrirem contas no banco digital. Dirigentes explicaram que o contrato era confidencial e que jornalistas não deveriam ter tido acesso também.
Após o discurso, Marion recebeu apoio de alguns conselheiros. Outros conselheiros reclamaram que a diretoria atropelou propostas alternativas apresentadas. Perguntas não foram respondidas. Houve encaminhamentos por parte de alguns conselheiros, mas nenhum votado.
Rodrigo Dunshee, vice jurídico e geral, explicou que o Flamengo acaba de sair de um drama, relacionado à tragédia do Ninho do Urubu. Sobre contratos com variáveis e não ser vantajoso ao clube, ele disse que o contrato é ótimo e que variáveis são tendências mundiais.
O acordo
Novo patrocinador master do Flamengo, o banco BS2 vai estampar sua marca por 20 meses de contrato. Em 2019, serão R$ 11,2 milhões fixos. Em 2020, serão R$ 15 milhões, mas parcelados em três vezes – janeiro, maio e setembro. O termo será enviado para o Conselho Deliberativo do clube nos próximos dias.
No acordo, o Flamengo fez uma espécie de sociedade em que se beneficia dos ganhos gerais da empresa e da adesão de sua torcida aos produtos do banco. Serão R$ 10 por conta aberta no banco, no valor mínimo de R$ 100 depositados. A receita variável será paga mensalmente ao clube.
Entretanto, o contrato prevê que as praças de Minas Gerais e São Paulo não contam na soma da remuneração variável. E limita o repasse inerente a abertura de contas a R$ 10 milhões. Em 2019, o limite será de R$ 7,5 milhões.
O patrocinador ainda terá direito a exibir a marca em seis placas no campo do Ninho do Urubu e no ônibus que transporta o time principal. Um camarote personalizado no Maracanã também está previsto, assim como uma cota de 50 ingressos por partida.
O clube espera arrecadar, ao longo dos dois anos, R$ 30 milhões. Se dobrar o valor recebido com a bonificação e fechar os outros dois patrocínios em negociação, a gestão Rodolfo Landim se aproximará da meta projetada em orçamento: R$ 107 milhões na temporada.
Caso contrário, precisará espremer as empresas que ainda negociam espaços na manga e no meião do time principal. Até agora, a camisa “vale? R$ 75 milhões, levando em conta a Adidas, o próprio BS2, a MRV, Multimarcas, TIM e a Universidade Brasil. Chef?s Clube, ainda não assinado, chegaria para o meião.
Fonte: O Globo