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Paquetá e Coutinho: a combinação alvo de investimento na seleção



A decisão de repetir a combinação entre Paquetá e Coutinho no amistoso desta terça-feira contra a República Tcheca é mais um recado claro de que Tite e a comissão técnica vislumbram uma relação de sucesso entre os dois no meio-campo da seleção brasileira.

Por mais que o jogador do Barcelona não esteja na melhor fase, inclusive contrastando com um Paquetá que cresce no Milan e fez gol no primeiro jogo como titular do Brasil, a projeção visando à Copa América é de um somatório de forças que eleve o nível de desempenho brasileiro. Se possível, para o patamar prévio à Copa do Mundo, ainda que com jogadores de características distintas. O tempo é curto, já que o amistoso contra os tchecos será o último antes da convocação para a Copa América.

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Tite parte do princípio que Paquetá é um terceiro homem do meio-campo, e Coutinho um ponta que se movimenta para construir o jogo pela faixa central. Mas a prática permite variações. Paquetá, por exemplo, rendeu bem quando trocou de papel com Coutinho e ficou mais aberto pela esquerda.

O ponto é que eles estiveram juntos pela primeira vez no empate com o Panamá. Apesar do gol do novato, o desempenho geral da seleção não foi satisfatório. Mas é pela necessidade de evolução que a dobradinha será repetida. A diferença no meio-campo em relação ao jogo passado será a entrada de Allan no lugar de Arthur.

– Coerência nesse caso é dar trabalho a ele (Coutinho), repetir a formação e ter tempo. Futebol é fundamentalmente na prática, no exercício, repetição – disse Tite, na véspera do jogo em Praga.

Olhando para o passado recente da seleção, Coutinho era o responsável por um quesito do qual Tite tem sentido falta: as finalizações certeiras de fora da área. Na Copa, o meia recorreu muito a esse artifício – vide a estreia contra a Suíça, por exemplo. Um Coutinho recuperado ao lado de um Paquetá com apetite pode ser o gatilho para o crescimento de produção na seleção, independentemente da presença de Neymar.

– Queremos o ímpeto – pontuou o treinador.

O auxiliar-técnico Sylvinho ponderou que essa construção não virá instantaneamente. Por isso alguns recursos são utilizados no período de convocação à seleção.

– A preocupação nossa é em cima de vídeos e soluções para atletas de qualidade altíssima, Coutinho e Paquetá. O Paquetá terá a segunda partida como titular. Parece até, pelo nome e o que ele já criou, que é um jogador fixo da seleção. Mas tem um processo. Hoje, parte de treino, de imagens. É ajustar a posição deles. No Milan, ele já tem movimentos codificados. É parecido com o nosso (sistema), mas é diferente. É preciso ajustar esses dois atletas. Vamos melhorar a posição para que rendam mais. Só que é o segundo jogo dele ainda. A permanência deles parte disso. Ter um crescimento será ótimo para nós – comentou.

A manutenção da dupla no eixo esquerdo da seleção para o jogo com os tchecos vai contrastar com o sistema defensivo: toda a linha será alterada. Explica-se: entrará em ação a formação que Tite entende ser a titular entre os que estão à disposição: Alisson, Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro.

Fonte: O Globo


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