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Custo mensal do Maracanã sem peso para clubes é desafio para novo gestor



O novo modelo de administração do Maracanã ainda não está delimitado, mas, com a candidatura do consórcio formado por Bravo Live, Golden Goal e Time 4 Fun, surgem questões pertinentes para o futuro. Uma delas envolve descobrir até que ponto a presença desse consórcio seria saudável para os clubes, sob o ponto de vista financeiro. Dentro desse escopo, haveria uma mera repetição do modelo de relação com a atual concessionária?

 “É fundamental que tenhamos maior transparência”, disse o governador Wilson Witzel na segunda-feira. Sendo assim, o Estado do Rio prometeu uma auditoria nos custos do Maracanã. O plano é partir dela para estabelecer a permissão de uso do estádio, documento que inicialmente vigorará por 180 dias. É nesse período que as três empresas – e, paralelamente, a Ferj – estão de olho.

A auditoria ficará a cargo de uma comissão, que ainda verificará eventuais necessidades de reparo no estádio. Em nota, o governo disse que só depois poderá confirmar o número exato do valor mensal de manutenção. Mas a estimativa de quem conhece a operação do Maracanã é que atualmente o montante gira em torno de R$ 3 milhões.

No Flamengo, a chegada de um novo consórcio na concorrência pelo Maracanã divide opiniões. A diretoria atual, que já se relacionou com a Golden Goal no passado recente, abriu as portas para uma conversa sobre o modelo que será apresentado ao governo do Estado.

Há quem entenda, porém, a entrada de um consórcio possa vir a ser um gatilho para que o clube seja pressionado a pagar caro para jogar no estádio, dando lucro a outros envolvidos na relação, em vez de o próprio rubro-negro ser o protagonista da operação.

Em nota, a Bravo Live, Golden Goal e Time 4 Fun reforçam a “disponibilidade para apresentarem um estudo de gestão eficiente do Complexo, com a intenção de demonstrar soluções e modelos comerciais mais vantajosos e de menor onerosidade”.

A promessa do Estado é baratear os custos da operação das partidas ? a Ferj, inclusive, admite a possibilidade de reduzir as taxas que cobra por jogo. Para os clubes, obviamente não seria interessante que o fim da relação com a concessionária atual represente uma conta mais cara.

De saída até 19 de abril, a própria Maracanã S/A se defende nesse sentido. “O retorno da administração do Maracanã e do Maracanãzinho à Suderj ou à Ferj não garante a redução dos preços dos ingressos e tampouco o custo de operação do estádio, que já é realizada pelos clubes durante as partidas”, argumenta a concessionária. Na visão da empresa, “a única forma de isso acontecer é o governo passar a subsidiar o futebol, deixando de enviar recursos a áreas prioritárias como saúde, educação e segurança”.

Fonte: O Globo


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