Os Com a terceira posição no ranking de empresas que mais venderam celulares em 2018, a Xiaomi não tem muito do que reclamar. A companhia aumentou as vendas fora da China e viu seu lucro mais do que triplicar no quarto trimestre.
De acordo com o balanço mais recente, a Xiaomi teve lucro de 1,85 bilhão de yuans (pouco mais de R$ 1 bilhão) entre outubro e dezembro de 2018. O resultado é bem melhor do que os 550 milhões de yuans (R$ 300 milhões) que haviam sido registrados no último trimestre de 2017.
Ele também ficou acima das previsões de analistas, que esperavam lucro de 1,7 bilhão de yuans (R$ 950 milhões) para o período. Ao mesmo tempo, as projeções de receita na casa dos 47,4 bilhões de yuans (R$ 26,5 bilhões) não se confirmaram.
A receita da Xiaomi no quarto trimestre de 2018 ficou em 44,4 bilhões de yuans (R$ 24,9 bilhões), mas cresceu 26,5% – nos últimos três meses de 2017, elas haviam ficado em 35,1 bilhões de yuans (R$ 16,9 bilhões).
Boa parte do crescimento da Xiaomi diz respeito ao desempenho fora da China. As vendas internacionais cresceram 118,1% e passaram a representar cerca de 40% da receita total (contra 28% do quarto trimestre do ano anterior).
A Xiaomi segue como líder de vendas na Índia e já é a quarta na Europa. O desempenho fora da China não parece ser coincidência: enquanto cresce no exterior, a empresa reduz sua dependência do mercado interno, que tem desacelerado junto com a economia do país.
“Continuaremos a explorar os mercados globais e a replicar o sucesso da Índia em outros mercados chave, como Indonésia e Europa Ocidental”, disse o diretor de finanças da Xiaomi, Shou Zi Chew, de acordo com a Reuters. “Também vamos expandir para novos mercados internacionais em 2019”.
Xiaomi diversifica suas vendas
A receita da Xiaomi segue sendo composta, principalmente, da venda de smartphones, que cresceu 30% e chegou 118,7 milhões de unidades comercializadas em 2018. A categoria, no entanto, tem reduzido sua participação no bolo. Se, em 2017, ela respondia por 70,3% da receita total, agora, equivale a 65,1%.
Os celulares estão dando espaço para outros aparelhos inteligentes e produtos de lifestyle, como roupas e itens para casa. Em seu balanço, a Xiaomi analisa os dois segmentos em uma categoria única. Sua participação na receita passou de 20,5%, em 2017, para 25,1%, em 2018.
A participação da área de serviços de internet, por sua vez, passou de 8,6%, em 2017, para 9,1%, em 2018. O crescimento da fatia pode parecer modesto, mas, em números absolutos, a receita da categoria cresceu 61% no último ano, chegando a 15,9 milhões de yuans (R$ 9 milhões).
Os serviços de internet, que incluem as plataformas de streaming Mi Music e Mi Video, chamam a atenção por suas margens de lucro. Enquanto os celulares têm margem média de 6,2%, os serviços chegam a 64,4%. Com 242,1 milhões de usuários mensais em seus aplicativos, a empresa certamente investirá mais atenção neste segmento.
Com informações: TechCrunch.