O Conselho da Fifa aprovou nesta sexta-feira a reformulação no Mundial de Clubes que transformará a competição em um torneio quadrienal, com 24 participantes, a partir de 2021. O anúncio foi feito pelo presidente Gianni Infantino, após reunião em Miami:
– Teremos um impacto fantástico no futebol de clubes ao redor do mundo.
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O formato antigo do mundial segue mantido até 2020. Já no ano seguinte, o torneio passa a ser disputado entre junho e julho, composto por oito clubes europeus, seis sul-americanos e outras dez vagas destinadas aos demais continentes: África, Ásia, Américas Central e do Norte ficam com três, cada uma. A Oceania tem uma só.
Na reunião desta sexta, o debate teve mais obstáculos do que se esperava entre os membros das confederações fora da Uefa. É que os europeus surpreenderam ao insisitr em votar contra o Mundial, quando já se pensava que um acordo estava plenamente selado.
– Houve muitas discussões construtivas, com o presidente da Uefa. Estamos avançando nesse assunto. Temos a responsabilidade de tomar decisões, e tomamos a decisão, e nas próximas semanas essas discussões vão dar frutos. Hoje há clubes que representam mais do que uma cidade, um país. Há clubes que são internacionais, têm fãs por todos os lados. Será importante para eles tentar ser campeões mundiais – disse Infantino.
Os critérios de classificação ficam para discussões posteriores com as próprias confederações. O Congresso da Fifa em junho, na França, será a última instância para aprovar o Mundial.
O novo formato busca tornar a competição atraente, trazendo clubes mais fortes. Outro objetivo é substituir a extinta Copa das Confederações, já indesejada pela Fifa. Em entrevista ao GLOBO, em fevereiro, o secretário-geral adjunto da entidade, Zvonimir Boban, deu a tônica:
? Não é uma competição importante para o futebol. Se perguntar na rua quem ganhou a Copa das Confederações, ninguém sabe.
Fonte: O Globo