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MP pede relatório dos Bombeiros sobre CT do Flamengo



O Ministério Público solicitou nesta quarta-feira, ao Corpo de Bombeiros, um relatório sobre as condições dos alojamentos do Centro de Treinamento do Flamengo, reaberto em caráter liminar por um alvará provisório. O Ninho do Urubu voltou a receber os jogadores profissionais, mas ainda não tem permissão para sediar os treinamentos da base, que se reapresentou esta semana. O pedido visa verificar se há condições para receber os atletas após a interdição do local e uma série de pendências listadas em vistoria do órgão e outras autoridades.

O MP negou à reportagem que tenha feito recomendações aos pais dos jovens que voltaram às atividades, alguns deles sobreviventes do incêndio que deixou dez mortos em fevereiro. Os familiares disseram que receberam recomendações de que acompanhassem os filhos nos treinos, previstos para o CT do Audax, em São João de Meriti. No entanto, muitos pais são de outros estados, e o Flamengo não prevê manter as famílias sem hotel por muito tempo. 

O órgão disse, por outro lado, que está à disposição dos parentes dos atletas para que o Flamengo assegure o “atendimento adequado” aos jovens enquanto vigora a proibição de acesso ao Ninho do Urubu por parte da 1 Vara da Infância, da Juventude e do Idoso. 

“Cabe ao clube, portanto, assegurar atendimento adequado de seus atletas, enquanto adota as providências necessárias requeridas pela decisão judicial. O MPRJ informa que está à disposição das famílias dos atletas para esclarecer dúvidas e dar as orientações necessárias”, diz o MP.
Confira a nota de esclarecimento

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) esclarece que não há decisão judicial nem recomendação de qualquer Promotoria de Justiça para que os jovens atletas do Flamengo permaneçam no Rio de Janeiro com a presença dos pais.  O que há de concreto é decisão proferida pela 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Comarca da Capital, em ação civil pública ajuizada pelo MPRJ, que determinou a proibição de entrada, permanência e ou participação de qualquer criança ou adolescente nas dependências do CT até que o clube observe todas as peculiaridades inerentes às crianças e adolescentes, desde o acompanhamento pedagógico, social, psicológico e médico, passando pelas instalações do alojamento. 

Cabe ao clube, portanto, assegurar atendimento adequado de seus atletas, enquanto adota as providências necessárias requeridas pela decisão judicial. O MPRJ informa que está à disposição das famílias dos atletas para esclarecer dúvidas e dar as orientações necessárias. 

Extrajudicialmente, a 5ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude da Capital requereu, nesta quarta-feira (13/03), ao Corpo de Bombeiros, relatório técnico sobre as condições de funcionamento dos novos alojamentos do CT para análise e adoção das medidas cabíveis.

Fonte: O Globo


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