Não valia título, como o Fla-Flu do Carioca de 1995. Mas, 24 anos depois, a torcida do Fluminense voltou a comemorar um gol de barriga no Maracanã. O desta quarta-feira foi o primeiro de Ganso, principal contratação do tricolor para 2019, com a camisa do clube. O meia deixou sua marca na vitória por 3 a 0 sobre o Ypiranga-RS, que assegurou o time na terceira fase da Copa do Brasil.
– Um definiu o título (o de Renato Gaúcho, em 1995) e pude ajudar na classificação – disse Ganso, ao comparar os dois gols de barriga.
– A importância é que conseguimos a classificação, que era nossa obrigação. O time está melhorando a cada partida e temos que vencer sempre – continuou o meia.
Além de ter balançado as redes e finalizado outras vezes, o camisa 10 iniciou a jogada do segundo gol. Sinais de que o meia está cada vez mais adaptado ao time dirigido por Fernando Diniz, que vai enfrentar o Luverdense-MT na próxima fase.
Uma das lições do jogo foi que dá pra ir de herói a vilão em poucos minutos. Aos dois, Deivity evitou o gol de Ganso . O camisa 10 desviou após cruzamento da direita, e o goleiro salvou. Mas, aos quatro, o camisa 1 do time gaúcho, pressionado por Luciano, errou a saída de bola com o pé, Everaldo ?agradeceu? e, de primeira, abriu o placar.
Por vezes, a velocidade de Yony Gonzalez era uma das armas tricolores na etapa inicial. Aos 19, Gilberto lançou o colombiano, que arrancou e, já na área, chutou com perigo.
O Fluminense seguia tão tranquilo que Rodolfo só foi fazer a primeira defesa aos 21, em finalização de longe e sem risco de Faísca.
Por muito pouco a equipe de Diniz não ampliou aos 28. Yony recebeu de Digão na área, desta vez pela esquerda, e rolou para Caio Henrique levar perigo ao gol de Deivity.
O segundo gol era uma questão de tempo. E veio aos 36 após ótimo lançamento de Ganso para Caio Henrique. O lateral rolou para Luciano estufar as redes.
Quatro minutos depois, Deivity voltou a evitar um gol de Ganso. Desta vez, após cobrança de falta.
Aos 44, o camisa 10 voltou a levantar a torcida, ao driblar dois rivais na área e rolar para Gilberto bater com perigo.
Faltava o gol de Ganso. E ele veio aos 11 da etapa final. Gilberto cobrou escanteio da esquerda, Digão desviou de cabeça, e o meia, de barriga, não perdoou, como Renato Gaúcho em 1995. Um gol com sabor de saudosismo para a torcida tricolor.
O camisa 10, ovacionado, deixou o gramado para a entrada de Daniel, aos 29.
Dali até o final, a equipe de Fernando Diniz administrou a boa vantagem e voltou a comemorar uma vitória após os empates contra o Antofagasta, pela Sul-Americana, e Resende, pela Taça Rio.
Por ora, a equipe volta as atenções ao Carioca. Domingo, a adversária será a Cabofriense, no Maracanã.
Fonte: O Globo