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Esporte é alternativa para idosos terem saúde e qualidade de vida na Capital



Na busca por uma vida ativa, saudável e sociável, idosos de Campo Grande têm encontrado alternativa com entretenimento e descontração: o Jogos (Jogos Municipais dos Idosos) de 2023 traz programação variada com 13 modalidades esportivas, e proporciona por meio da competição esportiva momentos de lazer para mais de 500 participantes com mais de 60 anos.

Promovido pela Prefeitura de Campo Grande, por meio da Funesp (Fundação Municipal de Esporte), o evento visa fomentar a prática esportiva, recreativa e de lazer para a faixa etária da terceira idade. Além disso, a competição visa estabelecer um intercâmbio entre os idosos atletas atuantes na sociedade, incentivando-os a participar dos Jogos Municipais dos Idosos na fase Estadual.

A competição começou em 29 de junho e seguirá até 20 de julho, com diversas modalidades sendo disputadas em diferentes locais da cidade. Entre as atividades esportivas inclusas, destacam-se damas, natação, tênis de mesa, atletismo, xadrez, bocha, bozó, concurso de dança, dominó, malha, sinuca, truco, ponto acima e voleibol adaptado.

Os atletas que conquistarem as primeiras, segundas e terceiras colocações em cada modalidade serão premiados com medalhas, e os primeiros colocados receberão troféus.

O bombeiro militar aposentado Jaime Gomes de Oliveira, de 64 anos, veio do Rio de Janeiro para Campo Grande viver a aposentadoria ao lado da companheira. Ele conta que o esporte fez com que ele se conectasse com outras pessoas. “[O esporte] ajuda em todos os sentidos. Você consegue ter uma vida saudável. Dentro de quadra, a gente bota pra quebrar. Claro que o corpo não é o mesmo [de antes], mas a mente continua”.

“Eu vou entrar ali com toda a adrenalina. Aqui se desenvolve laços, essa é a coisa mais importante. Por isso a gente está aqui, e vem para torcer um pelo outro, estar junto”.

coordenadora do projeto Viva Melhor, Lecir Marques, de 60 anos, é uma das esportistas e ganhou em primeiro lugar no vôlei. Desta forma, vai representar Campo Grande no estadual, modalidade que reúne os melhores de cada município e é organizada pela Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul).

“É muita dedicação e muito amor. A gente deixa de lado muitos afazeres pra gente se dedicar a um bem coletivo, porque os jogos são um bem coletivo. Então, nós estamos ali, um por todos e todos por um, nós queremos também que a nossa entidade cresça e se fortaleça. Desde o ano passado nós estamos preparando. nós tivemos que superar as dores, os desafios, se dedicar aos treinamentos. Todos nós do projeto temos muita garra e jogamos com muita garra”.

Dentre as entidades e associações que participam do evento, destacam-se a Conssol (Sistema Integrado de Economia Solidária), OSCIP (Organização das Sociedades Civis de Interesse Público), a AABB (Associação Atlética do Banco do Brasil), além dos CCIs (Centros de Convivência do Idoso) Vovó Ziza e Jacques da Luz.

Representando a Conssol, Mauro Silva, de 62 anos, explica que o grupo se dedica à saúde e acaba por tirar muitos idosos da inércia, o que é comum entre pessoas mais velhas. “Traz uma integração bacana porque é um convívio de caráter esportivo bem bacana, a gente não não se cobra. Parece uma competição rígida, a gente se decide, mas no momento que acabou, é só confraternização”.

“O jogo dos idosos é bom pra interagir os idosos e tirar eles da depressão, tirar o idoso do seu cantinho. Foi o tempo que os filhos e netos colocavam os idoso nas casas e falavam ‘fica aqui, é seu cantinho’. Hoje, o idoso quer fazer atividade física, viajar, dançar, etc”.

Ele comentou que o time masculino foi classificado para representar o sul-americano em São Paulo (SP) em outubro do ano passado e ficaram em oitavo lugar. “A prática esportiva tira os idosos da inércia, traz motivação, saúde e contribui espiritualmente”.

Um dos integrantes da AABB, o aposentado Heraldo Ferreira, de 86 anos, fez parte do primeiro time, no Poliesportivo Dom Bosco, em 2016, e aponta que há muitos benefícios na prática esportiva coletiva. “É bom para a qualidade de vida, se divertir, fazer amizades, tirar os idosos de frente da televisão”.

“Uma vez que você começa a jogar, você quer voltar sempre e fica ansioso para poder jogar. Você não volta mais para a frente da televisão e fica doido para que chegue o dia pra jogar e se divertir. E a integração também de amizade, você volta a se integrar com os amigos, principalmente quando você está num clube”.

– CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS


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