Pensando na semifinal da Libertadores, na quarta-feira, Renato Gaúcho apostou em um time de reservas para enfrentar o América-MG, pelo Brasileiro, e saiu de Belo Horizonte com um empate, após ter sofrido um gol aos 49 minutos do segundo tempo. Com o calor de meio-dia, o Flamengo teve dificuldades na criação de jogadas e relaxou depois de abrir o placar cinco minutos antes de ter sofrido o gol de empate.
A partida teve disputa antes mesmo da bola rolar. As equipes se desentenderam por causa dos uniformes: ambos queriam usar branco, que é a cor da camisa reserva das duas equipes.
Enquanto o Flamengo falava que o América-MG, como mandante, deveria ter informado com antecedência que usaria o uniforme de número 2, a equipe mineira afirmava que tinha feito o aviso. Após discussões e quase vias de fato, os mineiros toparam em usar o uniforme principal, nas cores verde e preto. Com isso, o início da partida atrasou cinco minutos.
Com a bola rolando, a disputa continuou acirrada. As duas equipes tiveram boas chances no ataque, principalmente nos 20 minutos, quando o ritmo da partida diminuiu e os reservas do Flamengo começaram a ter mais protagonismo. Apesar de ter feito mais finalizações durante o primeiro tempo, seis, o América-MG não acertou o gol e não exigiu nenhuma defesa do goleiro Gabriel Batista. Quase toda as jogadas foram criadas pelo lado direito, com Ademir levando vantagem em cima de Renê.
Já o rubro-negro, quando não era parado pela zaga adversária ou não se embolava com a própria saída de bola, conseguiu algumas boas jogadas, principalmente com a dupla Pedro e Bruno Henrique. Apesar de ter feito três finalizações, metade das do adversário, levou mais perigo.
O segundo tempo, que começou sob o sol do meio-dia, não teve tantas mudanças em relação ao primeiro. Enquanto o Flamengo chegava mais, apostando em lançamentos e troca de passes, o América-MG, trabalhou o contra-ataque e conseguiu aproveitar mais o lado esquerdo do Flamengo, invertendo jogadas, o que não fez na etapa inicial.
Apesar de Diego Ribas estar em campo, o Flamengo sofreu com as ausências de Arrascaeta e Everton Ribeiro. O time se viu sem um jogador de meio para criar boas jogadas ofensivas e fazer a bola chegar à frente, além da troca de passes lenta. Aos 15 minutos do segundo tempo Renato Gaúcho fez as primeiras mudanças, tirou Ribas, que não fez boa partida e colocou Andreas Pereira, para tentar suprir a falta de criatividade do meio, Vitinho também saiu e deu lugar a Michael, que agitou um pouco a partida.
Nos minutos finais o Flamengo aumentou a pressão sob o América-MG, mas os jogadores não conseguiram furar o bloqueio dos mineiros. Michael insistiu em alguns cruzamentos e lançamentos de bola, que quando bem executadas ou não era travado, proporcionou boas chances. Enquanto partiu para o ataque, o Flamengo permitiu alguns contra-ataques, que não foram aproveitados pelos adversários, que também sofreram com o calor.
A insistência de Michael deu resultado aos 43 minutos do segundo tempo. O ponta passou por três jogadores, tocou para Pedro, mas o jogador não tocou na bola, apenas deslocando a marcação. Michael finalizou e abriu o placar.
O árbitro do jogo, Anderson Daronco, deu sete minutos de acréscimo, o suficiente para o Flamengo relaxar e sofrer o gol de empate aos 49 minutos do segundo tempo.
Fonte: O Globo