Dezesseis dias depois de cativar o Brasil com o pequeno sinal de coração com os dedos para filha, em entrevista de emoção contida após o quarto lugar nos Jogos de Tóquio, Darlan Romani terá mais uma vez pela frente o trio que ocupou o pódio do arremesso de peso no Japão e frustrou suas pretensões. Hoje, ele competirá na etapa de Eugene (EUA) da Diamond League, terceira maior competição do atletismo, atrás apenas do Mundial e da Olimpíada. Sportv transmite a partir das 17h (de Brasília).

Leia também:‘Pior velocista do mundo’ deixa atletismo com apenas duas provas oficiais

Romani é o único brasileiro na competição, que reúne alguns dos principais destaques do Estádio Nacional de Tóquio, incluindo seus algozes, os americanos Ryan Crouser e Joe Kovacs e o neozelandês Tomas Walsh ? ouro, prata e bronze, respectivamente, nos Jogos.

Curiosamente, uma das atletas que mais chamará a atenção na etapa da Diamond League não conquistou medalha nos Jogos Olímpicos. Sequer esteve em Tóquio. Sha?Carri Richardson, dos Estados Unidos, testou positivo para o uso de maconha, foi suspensa e, por isso, perdeu a chance de correr os 100m rasos, sua especialidade.

Faça o testeQual esporte olímpico você se identifica mais?

A punição acabou no dia 28 de julho, o que permitiria a americana competir no revezamento 4x100m em Tóquio, mas a associação de atletismo dos Estados Unidos decidiu mantê-la fora dos Jogos. Com isso, seu retorno acontecerá na terra natal, de onde vieram as maiores manifestações de apoio à atleta e questionamentos sobre a necessidade da maconha seguir como substância proibida.

Sha?Carri terá pela frente nada menos que o trio jamaicano que monopolizou o pódio dos 100m rasos: Elaine Thompson-Herah, ouro e recordista olímpica; Shelly-Ann Fraser-Pryce, prata; e Shericka Jackson, bronze. Havia quem apostasse em Sha?Carri para acabar com o domínio da Jamaica na prova feminina. Hoje será a chance de a velocista americana provar que estavam certos.

Campeão descansa

Os 100m rasos masculinos também serão disputados, só que com uma ausência considerável. Da mesma forma que apareceu meio de surpresa entre os favoritos e conquistou o ouro olímpico em Tóquio, o italiano Marcell Jacobs sumiu do cenário e não correrá em Eugene.

Novo homem mais rápido do mundo a ser batido, ele afirmou que só voltará a competir em 2022. Resta o protagonismo todo para Fred Kerley (EUA), prata, e Andre de Grassi (CAN), bronze na prova mais nobre do atletismo.

A Diamond League não conta com o programa inteiro do atletismo. Na etapa de Eugene, por exemplo, não haverá a competição do salto com vara masculino e nem dos 400m com barreiras dos homens. Com isso, ainda não será desta vez que os brasileiros verão em ação novamente os medalhistas de bronze nas duas provas, Thiago Braz e Alison dos Santos, respectivamente. E nem o mundo poderá acompanhar os atuais campeões olímpicos: o sueco Armand Duplantis e o norueguês Karsten Warholm, dois dos maiores fenômenos do atletismo na atualidade.

A Diamond League este ano acontece em 13 etapas ? a de Eugene é a nona. Os atletas que somarem mais pontos ao longo das etapas em suas provas conseguem vaga na última competição, que acontecerá em Zurique, entre os dias 8 e 9 de setembro. Cada vencedor receberá um prêmio de 30 mil dólares, aproximadamente R$ 161 mil. A cidade de Eugene, nos Estados Unidos, será a casa também do Mundial de Atletismo, marcado para julho do ano que vem.