O duelo diante do Sport, às 16h, em Volta Redonda, tem ares de recomeço para Pedro. Menos por marcar sua volta à equipe após ficar fora contra o Olimpia (recuperava-se de uma entorse no tornozelo esquerdo), na última quarta, pela Libertadores, e mais pela sua fase na temporada. Num momento em que não consegue apresentar os mesmos números de 2020, será titular pela segunda vez sob o comando de Renato Gaúcho. Mas o jogo deste domingo, pelo Campeonato Brasileiro, tem valor diferente.

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Contra o ABC, há dez dias, Renato Gaúcho aproveitou os 6 a 0 no primeiro duelo, no Rio, para descansar os titulares ? nem o técnico viajou a Natal. Diante de vantagem tão expressiva, o jogo foi mera formalidade. E Pedro passou em branco. Nesta tarde, terá sua primeira oportunidade diante do novo treinador em um jogo de grande interesse para os rubro-negros.

 

No Brasileiro, o Flamengo vem de um 4 a 0 para o Internacional que o impediu de se aproximar do G4. Os rubro-negros somam 24 pontos, a quatro do Bragantino, quarto colocado e que ontem perdeu em casa para o Juventude.

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Com Gabigol suspenso pela expulsão contra o Inter, o Fla vai depender de uma atuação decisiva de Pedro tanto quanto ele mesmo. O centroavante não marca há cinco partidas, seu maior jejum no ano.

Apesar do bom começo, a temporada 2021 de Pedro não tem sido tão empolgante quanto a anterior. Em 27 partidas (16 como titular), ele balançou as redes 11 vezes. A média é de 0,41 por compromisso. Ao todo, ele soma 1.475 minutos em campo, o que dá um gol a cada 134 minutos.

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Na temporada passada, o centroavante chegou ao seu jogo de número 27 pelo Flamengo com 12 gols marcados (média de 0,44). Mas teve menos oportunidades de iniciar jogando: foram 12 vezes. Com isso, sua minutagem foi bem menor: 1.136. Isso significa que a torcida esperou menos tempo para vê-lo fazer a tradicional comemoração de reverência. Ele balançou as redes a cada 94,6 minutos. Ou seja: quase um gol por jogo.

Um olhar mais atento à temporada atual de Pedro mostra que dois fatores prejudicaram sua performance. Ele caiu de rendimento justamente após os amistosos pela seleção olímpica, contra Cabo Verde e Sérvia, em junho. Até ali, seus números pelo Flamengo eram bem superiores: foram 9 gols em 14 jogos (média de 0,64). Depois disso, foram só mais dois em 12 partidas.

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A volta de Pedro da seleção coincide com dois fatores. O primeiro foi a recusa da diretoria do Flamengo em cedê-lo para o torneio de Tóquio. O jogador não comprou briga com o clube, mas sempre externou o quanto a possibilidade de disputar a Olimpíada o motivava.

Além disso, o rendimento da equipe declinou naquele momento, o que levou à demissão de Rogério Ceni. Com a Olimpíada no passado e o novo treinador, quem sabe a hora de Pedro não volta?