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Yulla, Yayah e Bagi vão para Mec Inc e dão dicas como iniciar carreira digital



Yulla, Yayah e Bagi Cattuzzo foram anunciadas na Mec Inc., agência focada no gerenciamento de carreira de criadores de conteúdo e jogadores de esports. Em períodos distintos da carreira devido ao tempo que estão no ramo e as experiências diferentes que tiveram, as três influenciadoras vieram a convite do The Enemy para falar mais sobre a profissão e dar dicas de como iniciar e seguir neste mercado de criação de conteúdo para a internet.

Mec Inc./Reprodução

Yulla é uma das mais novas do trio como influencer e começou a streamar apenas no início da pandemia. Segundo ela, tudo aconteceu muito por acaso, o que mostra que qualquer pessoa com uma motivação pode começar a criar.

“Na época a minha cachorrinha estava com câncer e eu voltei pra casa da minha mãe para cuidar desta situação e acompanhar todo o pós operatório. Foi um momento bem difícil pra mim, mas também me dava algum tempo livre, que foi quando comecei a streamar para me distrair”, conta Yulla. “Na época eu nem esperava muito, era mais uma diversão e distração mesmo. Mas o interessante é que eu gostei muito de fazer, então passei a fazer todos os dias, muitas e muitas horas, mesmo com poucas pessoas me assistindo”, completou.

Da mesma forma que acontece com a maioria das pessoas, Yulla revelou que no início praticamente ninguém acompanhava suas lives. O tempo, a dedicação e a persistência sem desanimar foram os responsáveis pelo crescimento dos números nos seus conteúdos.

“Comecei a streamar em abril, com uma média bem baixa no início. Só umas cinco pessoas ficavam na LIVE comigo e a maioria eram amigos que apenas deixavam a live aberta para me ajudar. Foram quatro meses até o gank do Muca e da Mayumi, que foi o momento em que tive um crescimento considerável. Antes dos ganks eu já estava conseguindo cerca de 40, 50 pessoas simultâneas e isso já me deixava feliz pois criar uma comunidade do zero é muito difícil. Após os ganks, em agosto, pulamos para 300 espectadores, 600, 800… foi subindo muito, até que no fim do ano comecei a levar aquilo mais a sério. Antes eu me sentia insegura que tudo poderia acabar de uma hora pra outra, assim como tudo aconteceu de uma hora pra outra. Lembro exatamente da live de ano novo, que foi o momento que eu consegui olhar pra trás e ver tudo aquilo que construí e conquistei. Sei que nada foi perfeito no início e eu tive que moldar tudo bastante de um jeito que me sentisse confortável, mas finalmente conquistei uma grande comunidade e fiquei muito orgulhosa de tudo aquilo.”

Assim como Yulla deixou claro, começar nunca é fácil. Mas é importante dar este primeiro e ter em mente que os frutos são colhidos posteriormente.

Yulla começou nas streams por acaso e fez dar certo!

Yayah por outro lado, vive uma dupla carreira atualmente e prova que é possível conciliar algumas coisas ao mesmo tempo. Além de streamer, a jovem de  22 anos pratica judô desde os três e sonha em representar o Brasil nas Olimpíadas de Paris, em 2024. Com mais de 600 mil seguidores nas redes sociais, ela acredita que é preciso seguir quatro passos para seguir neste ramo das streams:

  • Primeiro passo: Tenha confiança no seu conteúdo e também na sua capacidade.
  • Segundo passo: Entenda seu próprio conteúdo e também o conteúdo que está em tendência, a fim de encontrar seu nicho.
  • Terceiro passo: Não tenha medo de experimentar e tentar algo novo, pois não existe fórmula para o sucesso. Tente e seja paciente, pois uma hora ou outra os resultados virão.
  • Quarto passo: Se divirta, mas também respeite seu humor e o seu momento. Pessoas felizes trabalham melhor.”

Fora tudo isso, Yayah também reforçou o quão importante é não se apegar a comentários que te forçam a desistir, ou então nem começar, como os que afirmam que o mercado já está saturado.

“Enquanto houver pessoas vai existir mercado”, cravou Yayah. “A twitch e o ambiente de streaming em geral é bem amplo e existem vários nichos diferentes dentro da comunidade. O tempo todo surgem novos streamers e personalidades e tem espaço pra todo mundo que tem talento e força de vontade. Conquistar um público é um processo diferente para todo criador de conteúdo, então, no geral, tenha confiança e não tenha vergonha de divulgar seu trabalho e buscar oportunidades. Também não se esqueça de usar as ferramentas disponíveis a seu favor, claro, sempre mantendo o bom senso!”, explicou.

Yayah versão judoca.

Bagi Cattuzzo é uma das veteranas na carreira de influenciadores digitais, quando a nomenclatura nem mesmo era muito comentada por aí. Ela começou no mercado gamer em 2014  e hoje  possui quase 1 milhão de seguidores em suas redes sociais. Outro ponto interessante sobre a streamer de 24 anos, o qual pode inspirar outras pessoas, é que ela possui uma grande variedade de conteúdos em áreas que muitas vezes pouco se conversam. Bagi produz vídeos e afins sobre games, culinária, arte, maquiagem RPG e mais.

Com muitos anos de carreira e passando por tantas vertentes de criação, Bagi citou quais são as qualidades que um criador de conteúdo precisa ter para ir bem nesta área:

“Em primeiro lugar é preciso ter muita dedicação e saber que é um trabalho que é preciso estar presente o tempo inteiro. Quando você vai responder um tuíte de madrugada, por exemplo, aquilo faz parte do seu trabalho. Sua vida se torna algo público.

Saber se comunicar e falar com o público também é muito importante, mas o que poucos falam e é imprescindível, é ser resiliente. É preciso ser capaz de lidar com situações adversas e enfrentar certas coisas que a exposição como pessoa pública e trabalhar com internet trazem. A partir do momento que você trabalha com internet, o momento que você está conectado nela é o seu momento de trabalho, ou seja, o tempo todo. Então é preciso ser muito forte e saber lidar com as situações que você passa na vida, até mesmo pessoal, pois aquilo não é mais só seu, é também das milhares de pessoas que estão comentando o assunto. Saber lidar com a exposição e ser resiliente são características fundamentais pro criador de conteúdo.

Por fim, também é preciso saber vender muito bem o seu peixe ou ter alguém do seu lado que saiba fazer isso. Trabalhar com criação de conteúdo não é só criar o conteúdo perfeito, é preciso fazer com que as pessoas comprem a sua ideia. Pode acontecer de você criar algo muito bom, mas não saber entregar isso para as pessoas e mostrar aquilo pro mundo. Então saber vender o próprio peixe é algo fundamental.”

Bagi Cattuzzo foi além e também comentou sobre a importância de se planejar antes de fazer qualquer coisa. 

“A melhor forma que um criador de conteúdo tem para entender se o próprio conteúdo está pronto para ir à internet é pensar. Refletir se é um conteúdo interessante para quem vai esbarrar com ele por um acaso e te conhecerá naquele momento através dele. Será que essa pessoa que está chegando agora vai entender a mensagem do conteúdo? Vai entender o que você quer dizer e o que está fazendo? Será que se trata de uma mensagem boa, positiva e a deixará feliz? 

É importante ter essas reflexões pois, a partir do momento que um criador de conteúdo consegue passar a mensagem que estava almejando, o objetivo foi atingido. É neste momento que você consegue vender seu peixe e ter certeza que seu projeto vai entregar o que você busca. Muitas vezes pensamos em algo sensacional, executamos de uma forma que acreditamos ser a correta, mas as pessoas de fora não tem o mesmo entendimento que o seu.

Um passo fundamental pro criador de conteúdo é sempre passar uma mensagem clara, o que se aplica até na vida pessoal, pois quando você quer colocar algo pra fora é preciso ter certeza que aquilo é algo que você quer compartilhar com o mundo. Depois que sua vida é compartilhada, não dá pra desfazer esta ação, aquilo vai estar sempre disponível para as pessoas assistirem infinitas vezes. Então não se esqueça também é preciso escolher as mensagens que você vai passar sobre você mesma e quais portas são interessantes abrir para o mundo.”

Bagi Cattuzzo tem a própria coleção de roupas

Além de Yulla, Yayah, e Bagi Cattuzzo, a Mec Inc. possui diversos outros influenciadores na empresa como Mayumi, Jukes, Jovirone e mais. Tornar-se um criador influente não é tarefa fácil, mas começar por dicas de quem já está no ramo fazendo dar certo, parece um ótimo caminho para se tomar.

Fonte: The Enemy


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