Um Phoenix Wright encontra Professor Layton no melhor estilo point-and-click com misterios divertidos e personagens carismáticos.
Tangle Tower foi desenvolvido pela SFB Studios, a mesma responsável por Snipperclips – aquele quebra-cabeças multiplayer de pedacinhos de papel – e foi lançado para Apple Arcade em 2019 e, no ano seguinte, chegou também para Nintendo Switch e PC.
Ele é um clássico jogo de point-and-click que foi construído do zero com dispositivos de toque em mente, fornecendo um ponto de entrada extremamente acessível para proprietários de Apple ou Switch que desejam uma história cativante em pouco tempo de gameplay.
A Mansão Tangle Tower
No jogo, conhecemos o detetive – bem humorado e ingênuo – Grimoire e sua assistente Sally, que vão até a mansão Tangle Tower para investigar o assassinato de Freya Fellow, uma jovem artista, cientista e prodígio de 19 anos que estava pintando um quadro de sua tia quando foi misteriosamente esfaqueada.
A Tangle Tower é uma mansão com duas torres que fica em uma ilha de acesso remoto. Originalmente propriedade da família Remington, a torre foi herdada por duas linhagens relacionadas – os Fellows e os Pointers – que vivem em torres opostas.
Freya Fellow foi assassinada no topo da torre dos Fellow. A cena do crime inclui uma testemunha – a muda Fiona Fellow – assim como um retrato misterioso que Freya estava pintando.
A partir daí, você assume a investigação e precisa conversar com todos os residentes da mansão, bem como visitar todos os cantinhos dela para tentar encontrar quem – e porque – fez isso com Freya.
Os três pilares de Tangle Tower – exploração, quebra-cabeças e interrogatórios dos personagens – são bastante satisfatórios. O jogo atinge um excelente equilíbrio entre desafio e acessibilidade, porque os quebra-cabeças não são fáceis, mas também não são tão difíceis a ponto de te deixar frustrado. Ele é totalmente intuitivo e com uma mecânica bastante simplificada para todo o tipo de jogador e, mesmo que alguém fique preso em algum ponto, existe um botão de dica que pode guiar o usuário novamente de forma suave na direção certa.
Ele é um jogo indie criado com o apoio do Creative Europe Media e mesmo sendo um jogo considerado de “baixo orçamento?, mostra uma delicadeza enorme na elaboração, tanto com a arte, que é linda e bem-feita e também na atuação das vozes, que é um dos pontos mais positivos do jogo, e onde o jogo – na minha opinião – ganha o jogador. A voz dos personagens, da impetuosidade ansiosa de Grimoire ao cinismo encantador de Sally e todos os outros personagens que aparecem na história, é sensacional.
Cada personagem de Tangle Tower é lindamente articulado, desde seus movimentos fluídos e gesticulações até suas trocas de diálogos espirituosos. O jogo tem um charme e uma personalidade própria.
Durante o jogo, você coletará mais de 40 itens e, conforme avança através do mistério, pode apresentá-los (todos) para os personagens com quem conversa e, uma coisa muito bacana do jogo, é que mesmo que os itens não tenham a ver com certos membros da família, uma linha de diálogo personalizada é feita para cada um deles. Eles sempre têm algo a dizer sobre qualquer um dos itens.
O jogo possui muito diálogo e muita leitura, mas não é algo maçante porque acaba virando interessante e você se encanta pelos personagens com suas ideias – que às vezes são pertinentes, engraçadas, às vezes nem tanto, e assim vai.
É um excelente jogo para quem gosta de investigação – e o melhor dele no celular é poder levar para qualquer lugar – e jogos curtinhos de até 2-3 horas. Você também pode jogá-lo no PC via Steam ou no Nintendo Switch. E o melhor: ele está disponível em PT-BR.
Fonte: The Enemy
