O baiano Hebert Conceição venceu a luta contra o ucraniano Oleksandr Khyzniak, na madrugada deste sábado (de Brasília) e levou o ouro no boxe, no peso-médio (até 75kg). Para chegar ao lugar mais alto do pódio, o pugilista precisou encarar uma luta dura: ao longo do primeiro round, ele ficou na defensiva, enquanto o rival partia em um estilo mais agressivo e direto.
A partir do segundo assalto, o duelo foi mais parelho e o cansaço de ambos já era mais evidente. No terceiro round, um soco cruzado de Hebert levou Oleksandr ao chão e decretou a vitória brasileira.
Leia também: De negros e da periferia: a geração vencedora do boxe que se forjou nas dificuldades
Hebert dá continuidade à excelente campanha do boxe brasileiro em Tóquio, que já garantiu uma prata com Abner Teixeira, nos pesados. Neste domingo, às 2h (de Brasília), é a vez de Bia Teixeira buscar o primeiro ouro feminino da modalidade. Com a vitória, Hebert se tornou o segundo boxeador brasileiro a ficar com o ouro, igualando Robson Conceição, vencedor na Rio-2016.
Estilo implacável
Hebert chamou atenção ao longo desta edição olímpica. Primeiramente pelas vitórias: na semi, derrotou o russo Gleb Bakshilutou; nas quartas, Abilkhan Amankul, do Cazaquistão e nas oitavas, o chinês Tuoheta Erbieke. Além disso, o jeito irreverente e carismático, que não escondia a felidade, tampouco o esforço.
A campanha Tóquio-2020 igualou a Rio-2012 com três medalhas. Além de Hebert, Abner Teixeira foi bronze e Beatriz Ferreira luta na madrugada deste sábado para domingo, às 2h, ainda na corrida pelo ouro.
Fonte: O Globo