É verdade que uma derrota do Flamengo para o Atlético-MG não chega a ser um revés fora dos planos. Afinal, o time mineiro é tão qualificado quanto o atual bicampeão brasileiro. Mas os 2 a 1 desta quarta preocupam. Além do resultado, não dá para dizer que a equipe jogou bem no Mineirão. Foi uma atuação que mostra um time em queda livre de rendimento e alerta para o futuro ? ainda mais porque na semana que vem inicia a disputa das oitavas da Libertadores.
No Brasileiro, a situação também começa a ficar desconfortável. Com quatro derrotas em oito rodadas, o Flamengo estagnou nos 12 pontos. São dez a menos que o líder Palmeiras. No domingo, recebe a Chapecoense, no Maracanã.
O GLOBO e o 'Extra' convocaram mais de 60 jornalistas que escolheram os principais vencedores do Campeonato Brasileiro dos últimos 50 anos. Foto: Montagem sobre fotos de arquivo30º – BAHIA (1989) – Jogadores celebram vitória na segunda conquista do clube baiano na competição nacional. Foto: Site oficial do Bahia29º – GRÊMIO (1981) – O versátil Paulo Isidoro passa pela marcação de Emerson, do São Paulo. Foto: Arquivo/O Globo28º – ATLÉTICO-MG (1971) – Com vitória sobre o Botafogo, o Galo levou a primeira edição do nacional com o nome de Brasileiro. Foto: Arquivo/O Globo27º – SÃO PAULO (2007) – O atacante Borges em partida contra o Vasco, no Morumbi. Foto: Nelson Coelho / Nelson Coelho
26º – FLAMENGO (1987) – Zico em partida contra o Santa Cruz, no Maracanã. Foto: Hipólito Pereira / Hipólito Pereira/O Globo25º – VASCO (2000) – Romário celebra gol em empate contra o Bahia, pela Copa João Havelange. Foto: Jonne Roriz/Coperphoto/L! Sportpress24º – CORINTHIANS (1998) – Marcelinho Carioca comemora o título do Timão. Foto: Luiz Carlos Santos/Agência O Globo23º – PALMEIRAS (1972) – O craque Ademir da Guia com a faixa de campeão. Foto: Arquivo/O Globo22º – GUARANI (1978) – O craque Careca, destaque do Bugre no único título nacional. Foto: Arquivo/O Globo
21º – SÃO PAULO (1991) – O tricolor de Muller, que viria a ser bicampeão mundial nos anos seguintes. Foto: Jose Carlos Moreira / Agência O Globo20º – FLUMINENSE (2012) – Thiago Neves e Fred comemoram mais uma conquista nacional. Foto: Ricardo Ayres/Photocamera19º – PALMEIRAS (1973) – Em pé: Alfredo, Leão, Luis Pereira, Eurico, Dudu e Zecão. Agachados: Ronaldo, Cesar, Leivinha e Ademir da Guia. Foto: Antônio Carlos Piccino/O Globo18º – INTERNACIONAL (1975) – Figueroa (camisa 3 do Internacional) marca de cabeça o gol da vitória sobre o Cruzeiro. Foto: Arquivo/Agência O Globo17º – CRUZEIRO (2013) – Time mineiro conquistaria em 2013 o primeiro de dois títulos seguidos sob comando de Marcelo Oliveira. Foto: Bruno Gonzalez/Extra
16º – FLAMENGO (1983) – Flamengo em partida contra o Vasco, pelo Brasileiro de 1983 Foto: Anibal Philot/Agência O Globo15º – SÃO PAULO (1986) – Careca tenta passar pela marcação de Vica, do Fluminense, no Brasileiro de 1986. Foto: Hipólito Pereira/Agência O Globo14º – FLUMINENSE (1984) – Braço erguido, punho fechado, o centroavante Washington (jogador) é abraçado por Leomir e sorri, na comemoração do seu gol. Foto: Luiz Pinto/Agência O Globo13º – CORINTHIANS (2015) – Jogadores do Corinthians em partida contra o Goiás. Foto: Daniel Augusto Jr. / Daniel Augusto Jr./ Ag. Corinthians12º – SANTOS (2002) – Os meninos da Vila, Robinho e Diego, com a taça de campeão. Foto: Ricardo Bakker/Diário
11º – SÃO PAULO (2006) – Tricolores erguem a taça depois de empate com o Athletico, no Morumbi. Foto: Rickey Rogers / Rickey Rogers/Reuters10º – CORINTHIANS (1999) – Luizão passa por Vagner, do São Paulo. Foto: Reginaldo Castro/Lance!9º – FLAMENGO (1982) – Time posado no Maracanã: Leandro, Raul, Marinho, Figueiredo e Junior. Agachados: Tita, Adílio, Nunes, Zico e Lico. Foto: Sebastião Marinho/O Globo8º – PALMEIRAS (1993) – Edilson e César Sampaio celebram a primeira de duas conquistas do clube na década de 1990. Foto: Claudio Rossi/O Globo7º – INTERNACIONAL (1976) – Na decisão, Colocardo passou pelo Corinthians, no Beira-Rio. Foto: Arquivo/O Globo
6º – VASCO (1997) – Edmundo é erguido após conquista do cruz-maltino no Maracanã. Foto: Custódio Coimbra / O GLOBO5º – PALMEIRAS (1994) – Rivaldo celebra gol contra o Corinthians, no Pacaembu. Foto: Marcos Issa/O Globo4º – INTERNACIONAL (1979) – Falcão comemora mais um título nacional pelo Colorado. Foto: Divulgação/Site oficial do Internacional3º – FLAMENGO (1980) – Zico corre para a festa em partida contra o Atlético-MG. Foto: Anibal Philot/O Globo2º – CRUZEIRO (2003) – Alex foi o maestro da conquista do primeiro Brasileiro dos pontos corridos. Foto: Bruno Domingos / Reuters
1º – FLAMENGO (2019) – Gabigol ergue a taça em fim de ano histórico sob o comando de Jorge Jesus. Foto: CARL DE SOUZA / AFP
Os desfalques ainda são muitos, e fizeram falta. Mas as fragilidades defensivas e de criação não permitem que eles sejam usados como única justificativa. Rogério Ceni poderia ter extraído mais do que tem em mãos. Como já fez em outros momentos nas últimas semanas.
O treinador até contou com dois retornos: Arrascaeta e Isla, de volta após a eliminação de suas seleções na Copa América. Mas a novidade que mais chamou a atenção foi outra: a escalação de Bruno Viana ao lado de Rodrigo Caio. Uma escolha difícil de ser compreendida. Ceni deixou de dar mais ritmo para Gustavo Henrique para testar um jogador que não entrava em campo há 41 dias e que não vinha jogando bem quando saiu do time. Resultado: a insegurança do zagueiro foi o grande destaque do Flamengo no primeiro tempo, quando a equipe até conseguiu jogar de igual para igual com os donos da casa, ainda que sem nenhum brilho.
Diante de uma primeira etapa de muitas finalizações de ambos os lados mas poucas chances reais de gol, Cuca apostou em uma mudança sutil ? mas que fez toda a diferença. Abriu Savarino, que não vinha tão bem por dentro, para a esquerda, e centralizou mais Zaracho. Foi o suficiente para, em poucos minutos, acabar com o sistema defensivo do Flamengo.
Aos 5, Zaracho acionou Hulk com um belo passe de primeira que tirou Arão da marcação. Pelas costas de Filipe Luis, o atacante tocou para Savarino concluir diante de um Matheuzinho que apenas observou a jogada.
Aos 7, nova pane rubro-negra. Em ligação direta na saída de bola do Atlético-MG, Réver achou Mariano mais uma vez nas costas de Filipe Luis. O lateral cruzou para Savarino, que ganhou de Arão na corrida, marcar o segundo.
A mudança e a reação dos mineiros evidenciam o ponto no qual Ceni mais vem sendo cobrado: a falta de repertório. Nem os desfalques e nem o fato de os adversários cada vez mais saberem como jogar contra o Flamengo fazem o treinador buscar alternativas táticas.
Nos minutos finais, Arão ainda descontou, de cabeça. Mas já era tarde para reagir. Presivível e sem muitos titulares, o Flamengo padece.