BRASÍLIA – A partida entre Argentina e Uruguai colocou em campo as duas equipes na Copa América que, pelo menos no papel, são aquelas que podem fazer frente ao Brasil no torneio. Mas, mesmo que o time de Tite não empolgue com grandes atuações, a vitória da Argentina por 1 a 0 no estádio Mané Garrincha, em Brasília, indicou que os dois principais rivais do continente ainda estão longe do desempenho do Brasil.

O triunfo dos argentinos foi alcançado graças a um cruzamento de Messi para Guido Rodríguez, logo aos 13 minutos do primeiro tempo. O tempo restante foi marcado pela tentativa dos uruguaios, comandados por Cavani e Suárez, de tentarem furar a defesa da Argentina, mas sem sucesso. A dupla de ataque celeste até tentou, mas indicou que, com o passar dos anos, vai perdendo cada vez mais seu poder de fogo, apesar de algumas chances de gol criadas em cruzamento de Matías Viña.

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Por outro lado, se fizeram uma partida à francesa na defesa, faltou aos hermanos a capacidade de levar perigo no contra-ataque, principal característica da atual campeã do mundo. O jogo se abriu para o final e Messi quase aumentou o placar em duas arrancadas, mas não teve sorte.

A vitória alçou a Seleção Argentina ao primeiro lugar do Grupo B, mas a equipe de Lionel Scaloni ainda pode ser ultrapassada pelo Paraguai, que venceu a primeira partida sobre a Bolívia por 3 a 1. A Argentina tem 4 pontos, empatada com o Chile, que superou os bolivianos por 1 a 0 na Arena Pantanal, em Cuiabá, nesta sexta-feira.

O técnico argentino escalou o time com algumas mudanças em relação à estreia, quando a equipe empatou com o Chile por 1 a 1. Molina e Acuña entraram nas laterais e Guido Rodríguez, o autor do gol, foi a novidade no meio de campo.

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Messi, como era de se esperar, foi o melhor jogador da Argentina em campo, apesar de não ter brilhado como pode. Não apenas o cruzamento que originou o primeiro gol, uma jogada totalmente criada por Messi na lateral esquerda do ataque, como também as melhores chances da Argentina no jogo, saíram de seus pés.

Se o Brasil depende demais da individualidade de Neymar para resolver os jogos mais complicados, a Argentina ainda precisa buscar alternativas para que a bola chegue com mais frequência ao atacante do Barcelona, ainda mais em um torneio que, mesmo sem torcida, pode ser especial para o jogador de 33 anos: afinal de contas, é sua chance de conquistar seu primeiro título com a albiceleste.