Foi uma classificação dramática, mas simbólica para o Fluminense. Com a derrota por 2 a 1 para o Bragantino (3 a 2 para os cariocas no placar agregado), os tricolores chegam às oitavas de final da Copa do Brasil quebrando um tabu de seis anos. Pela primeira vez desde 2015, o time eliminou um rival de Série A no torneio. Um feito que mostra como o clube deve ser visto com outros olhos em relação a edições anteriores.
? Demos uma relaxada depois do nosso gol. Mas também era normal a pressão deles. Foi um bom jogo. E o importante é a classificação ? resumiu Nenê.
As quedas de gigantes como Corinthians, Cruzeiro e, principalmente, do atual campeão Palmeiras valorizam ainda mais a conquista do Fluminense. E, claro, afirmam sua condição de concorrente ao título.
O próximo adversário será conhecido após sorteio. As oitavas de final serão apenas no fim de julho. Até lá, muita coisa pode ocorrer. Mas, neste momento, o Fluminense pode ser considerado um dos times mais consistentes dos que restam na competição.
O jogo desta quarta confirma isso. A derrota e o drama no fim não condizem com o que foi a partida. Se não foi bem na criação e produziu poucas chances, a equipe de Roger Machado foi muito sólida na defesa. E, quando ameaçada, ainda contou com as boas defesas de Marcos Felipe, um dos destaques da partida.
O duelo em Bragança Paulista teve desenho semelhante ao do primeiro confronto, no Rio. Foi um primeiro tempo de muita disputa no meio-campo e poucas chances criadas. Os gols ficaram para a etapa final.
O Fluminense teve dificuldades para fazer a bola chegar a Nenê e Fred. Com os homens de frente bem marcados, Martinelli conseguiu aparecer como elemento surpresa e, aos 39, quase marcou um belo gol. Mas foi o máximo que o time conseguiu produzir nos primeiros 45 minutos.
Com a vantagem no placar pelos 2 a 0 do primeiro jogo, a falta de finalizações não chegaram a ser um problema para os tricolores. O time conseguia segurar a bola na frente com Caio Paulista e, principalmente, Gabriel Teixeira. E com as linhas de marcação próximas e muito bem definidas, foi pouco ameaçado.
Após o intervalo, com a necessidade dos donos da casa em reverter o resultado, a disputa ficou mais aberta. Sem conseguir chegar com perigo na área, o Fluminense saiu na frente graças a mais uma precisa cobrança de falta de Nenê, aos 15. Sete minutos depois, uma cobrança de falta rápida pegou a defesa tricolor distraída, e Hurtado empatou em seu primeiro toque na bola.
Aos 42, o mesmo Hurtado viraria o placar aproveitando rebote deixado por Marcos Felipe. A partir daí, a classificação que parecia garantida pelos cariocas virou um grande drama. Mas eles souberam segurar o resultado até o fim.