BRASÍLIA ? O Supremo Tribunal Federal (STF) vai realizar uma sessão virtual de emergência para analisar duas ações que pedem a suspensão da Copa América no Brasil, marcada para começar no próximo dia 13. A decisão de realizar o julgamento extraordinário foi tomada pelo presidente da Corte, ministro Luiz Fux, após pedido da ministra Cármen Lúcia.

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A sessão emergencial virtual será feita no próximo dia 10 e terá duração de 24 horas. No pedido feito a Fux, a ministra destacou a “excepcional urgência e relevância do caso e a necessidade de sua célere conclusão, considerando que se noticia o início da competição desportiva questionada para o próximo dia 13 de junho”.

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A Conmebol e a CBF já tomaram conhecimento da sessão emergencial e estão em diálogo com o governo brasileiro para entender como proceder em caso da necessidade de um recurso. A entidade sul-americana, que organiza a competição, divulgou nesta terça-feira o protocolo sanitário para o torneio no Brasil. E indicou que está pronta para a realização da Copa América sem público nas sedes de Brasília, Cuiabá, Goiânia e Rio de Janeiro.

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Questionamento

Ao acolher o pedido de Cármen para o julgamento emergencial, Fux disse considerar a “fundamentada excepcionalidade do caso”.   Essa modalidade de julgamento virtual de um dia passou a ser empregada recentemente pelos ministros na análise de casos rumorosos, como na ação que discutia a realização de um concordo da Polícia Federal. A tendência é que o pedido da ministra seja acolhido por Fux.

Cármen Lúcia  relata duas ações apresentadas ao Supremo com o intuito de barrar a realização da competição. Uma delas foi apresentada pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), a outra pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM).

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Para o PSB, sediar a Copa América viola os direitos fundamentais à vida e à saúde, bem como da eficiência da Administração Pública. No mérito, solicita que seja reconhecida a absoluta impossibilidade de realização do evento no atual momento pandêmico vivenciado pelo país e pela América do Sul.

Além das duas ações relatadas por Cármen Lúcia, a decisão do governo brasileiro de sediar a Copa América também é questionada em um pedido feito pelo PT, relatado pelo ministro Ricardo Lewandowski.