Os jogadores da seleção brasileira decidiram disputar a Copa América, marcada para começar já no próximo domingo, em Brasília. Segundo o site ge, a decisão dos atletas deverá ser comunicada apenas depois da partida contra o Paraguai, nesta terça-feira, pelas Eliminatórias.

O grupo, cuja insatisfação se tornou conhecida nos últimos dias, pretende divulgar um manifesto com críticas à maneira como o evento foi organizado. Depois de Colômbia e Argentina desistirem de sediar o torneio por razões políticas e de saúde pública, o Brasil se ofereceu à Conmebol para recebê-lo, apesar da ameaça da terceira onda da pandemia no país.

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O boicote à competição chegou a ser discutido pelos líderes do elenco brasileiro com figuras importantes de outra seleções sul-americanas, mas não houve consenso. A decisão de disputar o torneio se dá no dia seguinte ao afastamento de Rogério Caboclo da presidência da CBF. O cartola, acusado de assédio sexual e moral por uma funcionária, era um dos focos de insatisfação dos atletas.

Também pesou o aspecto técnico, de acordo com o ge. Como a Copa das Confederações, disputada nos anos anteriores aos Mundiais, foi extinta, a competição sul-americana se tornou importante para melhorar o nível da equipe antes da Copa do Qatar, em dezembro de 2022.

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Com a decisão dos jogadores em favor da disputa do torneio, a CBF resolve uma de suas duas prioridades após o afastamento de Caboclo. A outra também deve caminhar para um desfecho positivo: a manuteção de Tite. O técnico, que chegou a ter sua demissão cogitada pelo presidente afastado, considerou entregar o cargo em meio à crise dos últimos dias. Dados o seu alinhamento com os jogadores e a confiança dos cartolas que tocarão a entidade daqui para frente, o treinador deve recuar.