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Opinião: Parceria de Gaules e Riot no VALORANT é uma relação de ?ganha-ganha”



A parceria entre Gaules e Riot Games no VALORANT Masters Reykjavik tem dado o que falar na comunidade de esportes eletrônicos. Parte do público é contra esta colaboração e outra vê apenas um lado ganhando em cima do outro. Já minha linha de pensamento trilha um terceiro caminho e enxerga uma relação de “ganha-ganha”, a qual abordarei melhor neste texto.

Riot ganha

Do lado da Riot Games, que é a grande preocupação do público mais fiel de VALORANT, há muito o que se beneficiar nesta cooperação. Apesar do tamanho da empresa, o FPS ainda é embrionário nos esports e precisa cativar um público ainda maior e de forma mais sólida – Não se engane, VALORANT começou bem, mas não está consolidado. Para isso, nada melhor do que atrair mais pessoas com um potencial perfil neste sentido.

E antes que argumentem, não, o público em massa de Gaules não conhece VALORANT verdadeiramente. Saber da existência do jogo e ter algum pré-conceito sobre ele, está longe do que significa conhecer algo. Na verdade, isso só mostra como estas pessoas desconhecem a verdadeira essência do game e até os tais “poderzinhos”, os quais a maioria representam nada mais nada menos do que as famosas granadas do CS:GO – flash, smoke, molotov e decoy -, por exemplo.

É importante lembrar também que estamos falando de VALORANT. Parece óbvio falar isso, mas no pensamento de muitos não é: “Mas no CS não tem isso, no CS tem aquilo?”. Apesar de ambos possuírem a mesma dinâmica e essência, são games diferentes. Se fosse para ser uma cópia exata, a existência do FPS da Riot Games não teria sentido. Existem sim algumas habilidades no jogo que vão muito além e oferecem dinamismo e possibilidades muito diferentes – nem pior, nem melhor, mas muito legais.

Adiantando mais uma possível fala, quero deixar claro que ninguém é obrigado a gostar de VALORANT. Gosto não se discute. Mas para não gostar, é preciso conhecer antes ao invés de colocar um pré-conceito na frente de tudo. Com Gaules na jogada, o conceito precoce de muitos cairá por terra e aí sim, este público conhecerá o que é VALORANT. Muitos vão odiar, não há dúvidas. Mas muitos vão gostar de assistir e outros até de jogar.

Levando-se em consideração que estamos no início de um cenário, como dito antes, ainda embrionário, esta apresentação para uma massa de pessoas – estamos falando de um dos maiores streamers não do Brasil, mas do planeta – se faz mais do que necessária. VALORANT ainda precisa de divulgação e precisa crescer.

Gaules ganha

O público de Gaules também se mostra preocupado. “Nosso streamer favorito virou a casaca? Abandonou o CS?”. Sabemos que não e que isso não passa do tal pré-conceito mencionado antes. Há anos Gaules não joga apenas CS:GO. Vemos na stream dele os jogos mais engraçados e bizarros possíveis, futebol, além de Fórmula 1 e mais recentemente até um campeonato de Call of Duty. Apesar de CS:GO seguir como carro-chefe, como tem que ser, está mais do que claro que Gaules tentou e conseguiu furar a bolha do FPS da Valve e agora tentar furar outras diversas bolhas. Certo está ele, na minha opinião.

Até porque, não dá pra viver só de CS:GO. A CS_Summit chegou para mostrar isso com todas as letras. Por maior, mais rico e mais influente que Gaules seja, nem sempre ele conseguirá transmitir todas as competições. Então, por que não furar mais bolhas e apresentar e ser apresentado para novos públicos? Por que não acompanhar brasileiros fazendo grandes feitos pelo mundo, seja no CS, no VALORANT ou até na peteca online?

Não vamos esquecer também que Gaules foi um dos primeiros brasileiros a testar VALORANT e ainda rasgou elogios na época. Ele não seguiu junto como foi o caso do seu parceiro mch, mas estava no início e quer estar novamente. É hora não só de uma reaproximação, mas quem sabe de criar um laço mais firme e duradouro.

É muito legal acompanhar as “patetadas” em Among Us ou a saga da G3X Racing. Mas seria uma adição e tanto reservar um tempo para ver os maiores do Brasil de outros jogos disputando entre si ou, melhor ainda, disputando contra os maiores do mundo.

Como ficam as demais partes?

Dentro deste assunto, também é importante falarmos sobre outras partes envolvidas indiretamente. Uma delas é o grupo de casting da Riot Games, que não pode morrer de forma alguma, com ou sem Gaules. Nicolino, Spacca, BiDa, Letícia Motta, Evelynn, Melao, Tixinha? São nomes que que devem ser mantidos e respeitados pelo bem do show e pelo bem de todos os gostos.

Fora isso, ainda há os criadores de conteúdos de VALORANT. Se Gaules não seguiu junto do início até hoje, outros seguiram e precisam ser valorizados sim. Coreano, Paula Nobre, frtt, o próprio mch e outros também precisam do seu lugar ao Sol, caso Gaules tenha o dele. Ou a brincadeira é para muitos ou não é para ninguém. Incluir apenas um é um erro tremendo, para não dizer desrespeito ou falta de reconhecimento. Penso isso vendo tudo de fora, como será que estes e outros nomes se sentem? É importante saber deles.

Um bem maior

No final das contas, estamos todos falando de um bem maior. E o bem maior é o crescimento e a evolução de VALORANT não só como uma promessa, mas uma verdadeira potência que chegou para ficar.

Seja com Gaules, com Shroud ou sem qualquer um destes grandes nomes, a Riot Games precisa pensar grande no seu novo título. E isso não é apenas questão de ambição, mas de sobrevivência em um mercado recheado de publishers e suas criações querendo morder fatias cada vez maiores do bolo. Para nós, que somos fãs de VALORANT, o pedaço que sobrou não pode ser o suficiente. Queremos e vamos atrás de mais.

 

Fonte: The Enemy


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